[Second Wind] Parte 6

"Certamente..."
Ai diz, aparecendo sentada ao lado de Pochi.
"...."
"Como você está se sentindo?"
Ai... Faz uma pergunta ao garotinho.

Aiko leva um leve susto quando a mãe de Hibiki fala com ele, esperando que talvez ela não estivesse em casa, talvez tenha viajar pra Groenlândia ou seja lá onde pessoas ricas vão viajar.



"Ah, hahaha... olá. Devo passar a noite aqui eu acho, só por... conveniência.... também escutei, muito estranho! Mas não deve ser nada!"

Ela vai passando pela sala, evitando contado visual direto e ignorando o comentário sobre sua mãe.



"...pera, cortar o cabelo?"

Ela para na porta do quarto do garoto e bate algumas vezes.

Pochi olha para Ai, tendo dificuldade em descobrir se a pergunta era genuina.


...Eu estou com raiva, Ai. Eu estou com raiva de... muitas coisas. Eu imaginei que neste momento isso seria óbvio de se ver.


Eu pensei que você não fizesse perguntas desse tipo. Não que eu esteja incomodado, só estou surpreso com a sua iniciativa

Polly está visivelmente frustrada, ela olha em volta dentro da casa.

- Eu... conseguir me virar.

Ela vai procurar a vassoura e rodo mais próximo pra limpar a casa.

- Bem... Eu tô indo.

Akira vai se movendo com sua velocidade de undead por cima das casas e arvores no caminho, tentando não chamar muito a atenção.

Riki, eu to indo, foi mal a demora, rolou uns bagulhos complicados

Akira encontra Riki deitado num banco de concreto na entrada da trilha.

Riki adentra a trilha da floresta com Akira até o caminho ficar menos óbvio.

Ele sai dela, eventualmente terminando perto da cratera onde encontrou Chiyoko originalmente

Ele se senta em uma pedra qualquer, e com um pouco de força de undead dá um alto estalar de dedos.

Então ele fala, em voz levemente mais alta que o normal

Hibiki abre a porta para Aiko, ainda avaliando os efeitos de seu esforço.



"Ah, Aiko, você chegou mais rápido do que eu esperava"



"Você pode ir entrando, eu vou me vestir melhor"

Hibiki adentra o quarto novamente para se vestir antes de virar e perguntar.



"Er... eu ouvi um grito um pouco familiar agora a pouco... você sabe de alguma coisa?"

Riki e Akira:

Não demora muito para a dona daquela montanha aparecer, porém seu rosto leva consigo não uma expressão neutra mas uma de estresse e irritação intensa.

"Riki... Não é porque eu deixo você subir e me visitar quando quiser..."


Ela aponta uma mão para frente, ao seu lado um canhão gigantesco se manifesta, muito maior do que Dethroner ou Hunter, de fato comparados com aquele canhão cheio de rachaduras e veias grotescas que pulsavam lentamente as Shadows dos dois pareciam meros brinquedos.

"Que quer dizer que você pode trazer seus amiguinhos pra me encher o saco... O que foi agora?"
O canhão gigante se vira em direção a a Akira.

Pochi:



"Eu... Suponho que eu realmente esteja sentindo emoções novas... Talvez, isto seja uma atualização nova... Ou... Algo que eu nunca descobri sobre esta... Não, sobre mim..."
Ai fica olhando para as próprias mãos.


Enzo:

Ai aparece flutuando em frente a Enzo.


"Sim, todos estão vivos e sem ferimentos."

"Cara, tanta coisa aconteceu! A história é meio cabeluda, mas não se preocupa, acabou tudo bem, apesar de tudo! Até terminou com um fran-"



"....go....."

Aiko vai entrando na intimidade, mas tem que parar pra se recompor enquanto olha fixamente pro resultado do trabalho árduo de Hibiki naquela bela tarde. Hibiki continua falando, mas ela não percebe direito.



"Uh....aham.... grito... acho que sim... eu te explico...uh....."

Ela pisca várias vezes, e desvia o olhar.



"Uh, você, uh, isso... aquele plano... Overdrive... você, uh... sabe? É isso que você fez?"

Riki tira um terceiro doce de seu uniforme e joga casualmente em direção à Chiyoko

"Ah, isso, maa... É um começo, ainda não está nem perto do meu objetivo final, eu consegui ficar assim sem o overdrive mas ainda não está bom o bastante."

Hibiki tenta arrumar seu cabelo, agora mais longo enquanto responde Aiko


Ele então nota que a garota, apesar de uma undead, estava um pouco corada e engasgando em suas palavras.



"...Aiko, você está bem? Tem certeza que nada demais aconteceu?"

O garoto se aproxima novamente de Aiko, afetuosamente.

Riki e Akira:

Chiyoko some com a arma e pega o Kit kat no ar.



"...."
"Hah.... Kill them with kindness."
"....Ah, me digam oque vocês querem... Só não seja sobre aquela vadia de óculos."
Chiyoko fecha a mão livre com força.


"Eu JURO que se eu soubesse que ela iria me enganar daquele jeito e infernizar minha vida com Undeads estúpidos vindo me perguntar sobre a vida idiota dela.... Eu teria pego aquela irmãzinha que ela tinha aquela obsessão com e estupraria ela na frente dela e depois arrancaria as tripas....ARRRHG!! QUE ÓDIO!"
Chiyoko pisa no chão com força o suficiente para algumas folhas levantarem, ela então suspira por uns momentos e abre o pacotinho contendo os kit kats, ela dá uma mordida em um deles antes de come-lo inteiro e ir para o segundo.


"Seja breve seu Dokyun."

"uuuhhh...aaah......"

Aiko acompanha a mão de Hibiki jogar seu cabelo para trás, percebendo então seu cabelo longo. Ela engole seco.



"M-mas você já... você já... já chegou tão longe! Hahaha... t-tudo isso em um dia? M-meu Deus! Seu cabelo está! Enorme! Também!"

Isso tudo seria mais fácil se ele soubesse o efeito que estivesse fazendo.



"E-eu tô ótima Hibiki! Eu tô ótima!! ÓTIMA!!"

Ela tosse de leve ao perceber que elevou muito a voz, e então tenta realmente conseguir aprontar uma resposta.



"M-mas então... deixa eu te falar tudo o que aconteceu...."

Ela senta o mais casualmente possível na cama de Hibiki e bate a palminha no lado dela para que ele fizesse o mesmo.
Assim que eles estavam confortáveis, ela faz um resumo de tudo que aconteceu, dando todos os detalhes que podia, fazendo questão de garantir para ele que, apesar de tudo, estava tudo bem, especialmente conforme ela vai chegando no final de sua história. Mesmo sendo uma situação tensa e cheia de raiva, ela explica sua luta de uma maneira animada, não muito diferente de uma criança animada. Ela fica levemente envergonhada ao perceber que estava tendo essa atitude, e no final, diz:



"...Ahem. Eu não sei o que a Polly estava pensando. Mas apesar de tudo, deu tudo certo. De um jeito ou de outro. Depois o Riki explodiu um frango com um tapa, eu acho? Deu polícia, tivemos que fugir mas nada demais."



"Eu me sinto melhor depois disso tudo, sabe, não me sinto com medo. Mas algo tem me incomodado, desde o começo. Foi... fácil? Fácil demais. Não sei se faz sentido."



"Esse cara foi capaz de fazer coisas horríveis que me afetaram tão profundamente, tudo por causa de um dia ruim, escolhas horríveis, um deslize e tudo foi pro caralho. Eu me senti tão horrível por tanto tempo me achando um lixo por ter me metido nesse buraco pelas minhas próprias ações, mas vem alguém como a Polly e facilmente não só faz amizade com ele, mas também consegue fazer ele... pedir desculpas. Simples assim. Tudo resolvido. Né? Eu... não gosto disso."



"A mesma coisa com a minha mãe. Toda a discussão, todos os problemas, tudo que eu causei a ela, mas é só a Wall of Romulus vir e curar ela e pronto. Problema resolvido. Ela nem vai lembrar do que aconteceu. É só fingir que tá tudo bem e seguir a vida. Mas... eu odeio isso. Eu odeio tudo isso."



"Parece que... quando eu me encontro com problemas, parece impossível de lidar com eles, parece que eu tô no fundo do poço, mas vem alguém e resolve da maneira mais fácil possível. Se os outros conseguem... por que eu cheguei a esse ponto? O que eu tô fazendo de errado?"



"Eu acho que... no final das contas... eu sou o maior perigo pra mim mesma. Eu posso chorar e culpar aquele cara, culpar minha mãe, querer que sintam pena de mim.. mas... no fim do dia, bastou uma atitude pró-ativa pra que eu percebesse que eu posso muito mais. Eu DEVO muito mais. Por mim, pelo time, pela minha mãe... Tenho que pôr minhas capacidades no lugar certo."



"Ah, estou falando demais, foi mal... Mas b-bem, eu também consegui fazer o Overdrive! E você conseguiu isso tudo em um dia né? Quero ver se consigo algo assim também..."

Ela bate a mão no muque do seu braço, em uma pose cômica.



"Nada do que músculos não possam resolver, não é? Haha! Se precisar de mais ajuda agora, eu posso te oferecer!"

Akira não reage durante o ataque de fúria de Chiyoko, quando ela finalmente termina e se direciona a ele, o rapaz começa a falar de maneira bizarramente educada para quem conhece o jovem em uma base diaria.



- Boa tarde Chiyoko-sama, eu não quero ocupar muito do seu tempo, mas tirando a própria AI e a administração, eu imagino que você saiba muito sobre o jogo e algumas nuances. Mas principalmente sobre a administração, ou alguma coisa assim, se puder me falar o que sabe por favor... Se tiver alguma condição para me dar essa informação, eu topo qualquer uma. E sobre Kazumi Kawano... Me desculpe o linguajar mas...

Um dos raros momentos em que é possivel notar que Akira realmente estuda na Sumeragi e aprendeu a se comportar com os velhos da Yakuza, uma velho militar e uma educação regrada para futuros empresários.



- Por mim que ela queime na porra do inferno, eu não poderia me importar menos.

Akira e Riki:


"Vocês assumem que eu sei muito sobre esses alienígenas só porque eu estou a muito tempo nesse jogo, pra falar a verdade eu não faço tantas perguntas para a garota na sala... Francamente eu não tenho muito interesse em contrariar a Administração."
Chiyoko vai andando em direção a Akira, olhando para ele com seus olhos predatórios.


"Claro... Eu já vi umas coisas estranhas durante o jogo."
"Mas nada muito interessante.... Você pode me perguntar e eu vou responder com o melhor de minha memória...."
Ela chega mais perto do garoto e começa a andar em volta dele, observando-o por todos os ângulos.
"Tire suas duvidas..."

"Sim na verdade... Acho que foi a coisa mais estranha... De tudo que já vi acontecer... Foi no ano de 1972, nas olimpíadas de inverno aqui no Japão, a cidade estava lotada já que um jogo seria hospedado aqui."


Chiyoko para de olhar tanto para Akira e dessa vez fica olhando para o lado, encarando a floresta.


"Na época, Ai havia avisado que a probabilidade de um Shadow Body de Ranking S aparecer era alta... Também não tínhamos um time B, eram só eu e um grupo pequeno de estudantes da primeira escola publica."

"Quando chegou o dia nós estávamos nos estacionamentos do lado de fora do estádio, foi onde o bicho resolveu que iria aparecer.... Após uma batalha que eu nunca tive o prazer de experienciar a antes, todo o meu time estava morto e eu coberta em meu próprio sangue, sem um dos olhos e um braço porém viva e vitoriosa."
Ela diz, com um grande ar de superioridade em sua volta mas falando com a entonação de um campeão esportivo.


"Sabe quando um Shadow Body morre e apodrece no chão antes de secar e virar vapor? Com os de ranking S é diferente, eles borbulham e ficam tremendo no chão como alguém tendo um espasmo antes de explodirem em um feixe de luz de cor violeta muito forte... Mas isso não é a parte interessante."


"Um pouco antes de morrer, aquela coisa me olhou... No fundo dos olhos..."
"E me disse: Você não sabe o mal que fez."


"Eu perguntei para Ai, se aquilo tinha algum significado... Ela disse que aquela coisa podia ter pego um sinal de rádio em seus últimos momentos e aleatoriamente tê-lo copiado."
Chiyoko dá uma risadinha.


"Você acreditaria nisso? Eu não... Gyehehehe..."


"Quanto a administração... Bem, uma vez eu vi a janela da sala apontar pra outros lugares... Marte, a Lua, Urano... Ganimedes, até os anéis de Saturno... As reações de todos eram engraçadas mas no final fomos transportados para algum canto de Tokinomiya como sempre, porém uma vez um de meus vários times foi transportado para fora dessa cidade, em um vilarejo do interior qualquer, parece que quando a oportunidade surge a sala nos manda para lugares onde Shadow Bodies surgem mas não tem times."


"Eu ouvi de um Undead alemão que em uma noite três times da mesma cidade incluindo o dele foram postos no mesmo lugar pra matar duzias de Shadow Bodies, outra também me disse que o mesmo aconteceu com ela só que times de outros países estavam incluídos nisso."
"Ai disse que a Sala as vezes faz isso, não adianta perguntar nada pra aquela sala porém, ela não responde com nada útil."

Assim que termina de falar isso Chiyoko dá de ombros e põe as duas mãos na cintura antes de voltar a encarar Akira com uma de suas sobrancelhas levantadas.

Akira e Riki:



"Eu já vi os de Ranking A rindo ou chorando... Mas uma frase completa só aquele de Ranking S.... Quanto a um favor.."
Chiyoko põe a mão no queixo.


"Você... Tem cara de delinquente, se você souber onde achar heroína pra mim eu fico satisfeita, pois eu estou ficando sem."


"Mas quem está me devendo favores é você, Riki-kun."

- Ah, é bem fácil conseguir heroína...

Então Akira se lembra daquilo que viu no fórum mais cedo.



- Ah...

Realmente Chiyoko deveria escrever como uma idosa na internet.



- Bem, de qualquer forma, eu posso conseguir heroína sempre que tu precisa, não é dificil pra mim nem nada. É só isso Chiyoko-sama?