Re: [GAMEPLAY] Shooting-Star Parte 5-AGORA VAI

por Junim Qui Jul 16, 2020 4:48 am

Quatro anos depois dos acontecimentos da Shooting Star.

21 de Agosto de 2017, Ghibli.

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- Hoje é o dia mais importante da minha vida.

- Eu... Queria agradecer a presença de todos aqui. É muito especial saber que vocês tiraram o tempo de vocês para vir até aqui no meu casamento.

Eu dizia para todos que ali estavam, eu era um homem de negócios então a quantidade de pessoas naquele casamento era absurda, alguns sócios e investidores foram chamados, convidei antigos membros da Shooting Star, funcionários da fundação Pelletier, os meus funcionários, as magas que auxiliam James, os Homunculos que lutam junto de Isaac, a família Joestar, Alexei, e obviamente meus antigos companheiros e suas respectivas famílias. Todos estavam ali. Bem, não todos. Na mesa em que o meu grupo estava, tinham duas cadeiras vagas... Duas pessoas que não tinham como vir de maneira nenhuma

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- É só isso que você tem a dizer para seus amigos e familiares no dia do seu casamento senhor soldado? Hoje você não precisa ser o senhor durão.

Ela sabia. Ela sempre sabia. Eu estava entalado, repleto de coisas para falar e que eu não tive a chance pois a última ocasião em que estivemos reunidos, não foi uma situação boa. Eu precisava falar. Sobre aquilo, sobre tudo.

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- Eu... Eu pensei que eu nunca iria amar em minha vida. Que eu não merecia amar, que eu era incapaz de experimentar felicidade devido ao vazio que eu sentia, eu fiquei muito tempo sem ter uma família... Muito tempo.

- Todos que estão aqui sabem como 2013 foi um ano terrível em diversos aspectos, as coisas... Elas não foram simples nem fáceis... Naquele ano, tudo o que eu fiz foi... Buscando algo que eu não tinha, buscando um sentimento que já havia esvaído do meu corpo.

- E apesar de tudo, foi nesse ano que... Eu voltei a sentir... Não somente isso, mas mesmo com a minha idade, eu aprendi coisas com um grupo seleto de idiotas.

- Eu devo minha vida a eles de formas que ninguém aqui consegue entender, eu estava perdido e eles me puxaram do abismo.

- Pink, ela me ensinou muito sobre compaixão e sobre gentileza, ela mostrou que tinha um coração imenso mesmo para com aqueles que erroneamente a julgavam por sua aparência que sinceramente, nunca vi nada de errado.

- Isaac, ele me ensinou bastante sobre... Emoções. Ele sempre foi muito intenso em diversos aspectos enquanto eu por outro lado sempre fui muito introspectivo em relação ao que sinto. Ver ele explodindo, agindo puramente no emocional, isso me fez entender que nem sempre o cérebro tem que te guiar, não precisamos ser apenas racionais, mas também emocionais.

- James, ele me ensinou muito sobre sabedoria e que nem sempre ela vem de uma forma ortodoxa ou algo do gênero, existem diversas maneiras de se conseguir algo e outras milhares para resolver alguma coisa, nem tudo precisa ser direto. Nada nesse mundo é preto no branco, tudo tem suas nuances e apenas aqueles que tem sabedoria consegue enxergar isso, somente aqueles que enxergam além podem fazer coisas grandiosas e inspirar coisas grandiosas em seus companheiros e foi isso que James fez.

Olhei para os lugares vazios, respirei fundo por alguns instantes e voltei a falar.

- Warren tinha metade da minha idade, mas o dobro do meu coração com toda a certeza. Ele não pensava muito antes de agir, isso nunca foi o forte dele mas... Sempre agia de maneira genuína, mesmo que da sua forma, eu conseguia ver mais verdade, mais sentimentos, mais paixão e mais vida do que eu via em mim mesmo. Talvez esse seja o motivo pelo qual eu me tornei próximo do garoto, no fim, não era o adulto que estava dando conselhos ou sendo sábio para ajudar um adolescente, não.... Não era isso. Foi um moleque que despertou a criança perdida dentro do coração frio de um homem solitário e...

- Se ele estivesse aqui hoje... Eu tenho certeza que ele... Ficaria feliz em ser o padrinho do meu casamento... Meu... Amigo Warren Peace.

- E agora, para muitos o que vou dizer aqui pode parecer loucura sem nenhum cabimento mas... A pessoa que me fez perceber que eu merecia amar, que eu poderia ser amado foi o Bryan. Aquele gigante azul fugia completamente dos padrões, não importa o quanto tentássemos entender, ele sempre surgia com uma nova surpresa, era bizarro sabem? Era difícil até mesmo ter certeza se ele era realmente humano ou não, mas algo que ninguém aqui sabe mas... Ele podia não ter humanidade em muitas coisas mas... Ele tinha sentimentos humanos. Bryan era capaz de amar. E não era um amor obsessivo ou cruel nem nada do tipo. Era uma forma pura de amor, tão puro que ele guardou com ele durante muito tempo, sem revelar para ninguém, nem mesmo para a pessoa que ele amava. Ele só o fez por meio de uma carta de despedida antes de desaparecer por completo.

- Ele me fez perceber que... Até mesmo alguém como eu merecia me permitir a amar, merecia dar essa chance para mim mesmo. Todos merecem isso, todos merecem uma segunda chance na vida. E foi em 2013 que eu encontrei a minha.

- Naquele ano eu recuperei a minha humanidade depois de me afundar completamente. Eu encontrei a minha filha e redescobri o amor e o sentimento de proteção. Eu reatei com a Nathalie e tivemos a pequena Ashley também.

- Com os esforços da Fundação Pelletier e da Ivankov Security tornamos Gainax em um lugar melhor, eu me tornei uma pessoa melhor, eu aprendi muitas coisas.

- Porque no fim, é sobre isso que se trata viver não é? Partir em uma jornada escura até que você encontre sua luz.

- Eu... Eu encontrei a minha. Com minha esposa, minhas filhas e com a família que eu consegui no pior ano da minha vida. Se eu estou aqui hoje me casando, é tudo graças a vocês.

- Então... Aqui e agora eu queria falar algo. James, Pink, Isaac... Bryan e Warren que não estão aqui... Nathalie, Lucy, Ashley...

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- Obrigado por me amarem, obrigado por serem minha família... Eu amo vocês.

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- Papa.

- Eu te amo pai!

- Eu também te amo, senhor soldado, pode beijar a noiva agora.

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Leon:: Leon Ivankov
Status: Vivo

Dono da maior empresa de segurança da Austrália, o homem é responsável pelo treinamento das forças policiais de Gainax e outras regiões do Condado de Toei que não fosse Ghibli. Sua empresa investiu em ajuda psicológica para familias que sofreram perdas e ataques durante o ano de 2013 e ofereceu emprego para os Gangsters que se encontravam desempregados ou em busca de uma mudança de vida. Em 2020 durante o surto de Corona Virus e o movimento Black Lives Matters, ele garantiu que qualquer força policial na austrália que utilizasse de brutalidade contra negros teria de pessoalmente lidar com ele e os seus melhores homens em uma luta sem nenhuma arma, o número de casos diminuiu drasticamente. O mesmo também voltou a tocar música após anos longe desse mundo, prefere passar as horas vagas com sua esposa.

Lucy:: Lucy K. Ivankov
Status: Viva

A mais velha da família Ivankov influenciada pelo pai, se apaixonou pelo mundo da arte, infelizmente ela também desenvolveu um vício desenfreado por jogos de azar e apostas. Após finalizar a faculdade, ela vai fazer a pós em uma viagem pelo mundo em conjunto de um outro objetivo, encontrar Jean e impedir que ele conclua seu plano junto das Gostosas.

Nathalie:: Nathalie K. Ivankov
Status: Viva

Casada com um dos homens mais ricos na Austrália, a mulher finalmente realizou seu sonho de cursar medicina para ajudar as pessoas. Durante o surto de COVID-19 ela foi uma das linhas de frente da Austrália na luta contra o vírus

Ashley:: Ashley K. Ivankov
Status: Viva

A caçula dos Ivankov, ela não tem nenhuma peculiaridade aparente, mas desde pequena ela diz ter masterizado algo como a luta do aspirador de pó e isso causou eventuais problemas na escola, mas agora no colégio ela parou. Ao menos é o que seus pais sabem. Ela quer cursar direito.

por nico nico ni Qui Ago 27, 2020 7:09 am

É um dia ameno em Gainax. Não é bonito, não é feio, mas com certeza é um dia, então isso quer dizer que, apesar de como você sente ou se sentiu, é mais um momento em que você existe. Por bem ou por mal, você existe.

Warren Harrys Peace atualmente existe deitado num divã de uma sala, no seu campo limitado de visão, ele consegue enxergar uma mesinha de canto com uma foto de Freud e um arranjo de flores de plástico, além de um pedaço de teto branco. Ele não está muito confortável em vários sentidos da palavra, mas ele está lá. Do lado oposto, também não muito confortável, está um homem cansado e segurando uma prancheta, pacientemente escrevendo enquanto ouve Warren.

- Hm, então, meu pai foi embora, mas isso não me deixou muito triste né? O pai de muita gente vai embora, o meu foi também...

- Hm.

- Eu lembro que no dia seguinte eu só continuei fazendo o que eu faço sempre, minha irmã tava no hospital ainda, então, foi normal. Eu comi duas torradas naquele dia. E um copo de suco de manga. E eu fui trabalhar, é, eu não podia faltar lá, eles precisavam muito de mim, lá na... firma.

- Na "firma"?

- É, na firma, você sabe, no meu antigo trabalho.

O homem encara as mãos enegrecidas de Warren. - E que tipo de trabalho você fazia?

- Ah. - A voz de Warren fica mais baixa. - Você entende. Cada dia era uma coisa diferente, né, mas era uma firma. E a gente se gostava muito lá... Eu aprendi muito com eles.

- Quando você diz a "gente", o que você quer dizer, exatamente? - O homem dessa vez repara de verdade pela primeira vez na fisionomia de Warren. Ele tem a impressão de que já viu aquela pessoa antes.

- Os meus colegas de trabalho, né? Tá brincando, doutor? Era um pessoal muito... Diferente. Homem e mulher, novo e velho. O meu melhor amigo era um maluco chamado B... Bernado. Como será que ele tá hoje, hein? - Warren perde a sua linha de pensamento e encara o teto. - Bernado... A gente aprontava tanto. Eu e ele, faz tanto tempo que a gente não se fala... Eu não deveria ter falado aquelas coisas pra ele. Acho que a gente nunca mais vai se falar de novo.

- Porque? O que aconteceu? - O fundo do estômago do homem cai, ele se lembra da onde reconhece Warren.

- A gente brigou bastante, mas eu não quis machucar ele, a gente tinha opiniões diferentes, ele... Ele... Ele tinha umas ideias esquisitas. Ele achava que... A gente deveria sofrer, mas a gente só trabalhava na firma né? A gente só seguia ordens, a gente só fazia o que pediam pra gente fazer. Mas não era nada esquisito, tá? Não era nada errado. Nada feio. Mas, a gente fazia o que precisava. E mais do que precisava também, porque a gente gostava do trabalho. Não. Eu não gostava. Eu fazia porque eu precisava, mas estar lá, com o pessoal, era diferente, tudo que eu fiz, foi pela minha irmã, eu já te falei né? Um carro pegou ela na rua. Ela não ia sobreviver, né? E eu tive que fazer o que eu precisei, doutor, você entende. Você entende né?

- É claro. - Era de um jornal. Uma foto na capa, sobre como ele havia sido preso por tentar roubar um banco. O coração do homem começa a correr mais rápido, suor caindo na prancheta.

- Então, na firma, além do Bry... Bernado. Tinha mais gente. Um cara chamado Israel. Ele era meu professor de educação física do colégio, e ele nunca parou de fingir que era meu professor... Mas ele não era mais! Ele me disse várias coisas também. Ele disse que eu fujo da minha culpa, mas eu não fujo, eu nunca fugi, eu sei de tudo que eu fiz, porra! Porque foi eu quem fez. Mas é coisa de firma, tá, doutor? É coisa de escritório. Não é nada sério.

- É claro, Warren, é claro. - As mãos do homem começam a tremer e ele não consegue mais escrever.

- Sabe, as vezes eu acho que eu sou Jesus, doutor.