[HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
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Unit DAN
Fabão Rosão
juanenglish
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
"..."
"Eu assumo inteiramente a culpa de qualquer problema que ocorrer aqui, tudo bem?"
Volto lá.
Fabão Rosão- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
Kuroto entra de novo no apartamento, sendo recebido por um apartamento... completa e totalmente vazio.
Tudo que sobra no local é um cheiro forte de ozônio, e um gosto de choque no fundo da garganta de Kuroto.
Saru aparece atrás dele alguns segundos depois.
- Merda, eu sei o que aconteceu aqui, nós precisamos voltar pra igreja e falar com aquele tal de IceDevimon, alguém puxou as coisas aqui de volta pro Digital World.
juanenglish- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
"Espera, tem como isso acontecer?! A tecnologia é tão avançada assim?! Espera, deixa eu falar com meu time!"
Me afasto um pouco do lugar para me recompor por conta desse cheiro de ozônio, e com minha mão livre, rapidamente saco meu Digivice e digito pra rapaziada.
Rokuto60 escreveu:Gente!! Como tá a situação aí? Antes que perguntem, tô curado e tranquilo na cena do crime, mas e vocês? Como tá o IceDevimon?
Droga, se eles o mataram, então isso pode acabar sendo um problema...
Fabão Rosão- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
XxX_LordOfDarkness_XxX escreveu:
Eliminado com sucesso!
Unit DAN- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
"...Ih, rapaz."
"Não deu tempo, Matsuoka-san. Eliminaram ele."
Fabão Rosão- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
Hashimoto-kun escreveu:
Ele então se vira para Mikage, Yamada e Mika.
- Então, alguém quer ir dar uma olhada no Kuroto comigo?
"Uma olhada até posso dar, mas não vai servir pra muita coisa!"
Mikage cobre sua boca e ri achando sua própria piada hilária. Angemon sorri.
"Mas eu qeuro ir! Quero saber como ele vai reagir ao ver o Angemon"
AliceIsDead- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
O boss coloca vocês dentro da Van da C.O.D.A enquanto uma dúzia de policiais preocupados apaziguam a população e chamam os bombeiros, em geral, a igreja que antes era bastante sóbria e não se destacava muito, agora está bastante quebrada, neste meio tempo, Angemon regressa para sua forma de Lucemon.
Vocês observam as ruas de Odaiba enquanto o dia começa a dar lugar para uma noite inesperadamente fria pro verão.
Após alguns minutos, vocês chegam no QG, subindo o velho elevador de serviço até a sala de comando, Kuroto e Saru estão lá esperando por vocês, além disso, Shiori e Aegiomon estão conversando e lendo alguns papéis.
- Boa noite, relatórios? - Ele vai até uma mesa no canto e enche uma caneca de café, virando ela de uma vez só.
- Más notícias boss, parece que esses documentos são sobre o... bem, aquele problema, veja, a Saru e o Mukai-sensei encontraram esses papéis no apartamento do suspeito logo antes de um FMR. - Ela vai até o boss e entrega alguns papeis, até finalmente se virar pra vocês. - Pessoal, Mikage-san. - ela faz um cumprimento e volta a falar com o boss.
- Eu acho preocupante, boss, se o IceDevimon estava controlando aquele homem... eu me pergunto o que ele tinha a ganhar... com isso.
- Vamos enviar esses documentos pra Fenrir, eles vão querer analisar mais de perto.
Eles continuam discutindo alguns detalhes quando Saru se aproxima de vocês.
- Bom trabalho na missão de hoje, uma missão num local fechado e com Digimon destrutivo sem nenhuma causalidade civil... é raro.
juanenglish- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
- Eu sei, eu fui bastante incrível.
- Você fez alguma coisa?
Ele- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
-Ah Matsuoka-Senpai, Kuroto-Sensei! Que bom que vocês estão okay.
Yamada abre os braços e se espreguiça, antes de sentar em uma cadeira do escritório.
-Mas e essa coisa de FMR e Fenrir, oque é isso?
Unit DAN- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
"Eaí, pessoal! Bom trabalho hoje, graças a Deus deu tudo certo com vocês."
Bem, nem tanto pra mim, maaaaaaaas...
"Papai!!"
Giorno, ao imediatamente bater seus olhos em mim, pula em mim para me dar um abraço. Embora eu tivesse sido pego de surpresa, retribuo o abraço. Ao ver que está tudo tranquilo, Matsuoka-san vem conversar com a gente.
"Bom trabalho pra você também, Matsuoka-san. Se você não tivesse segurado aquela pilha de papel naquela hora, teríamos voltado com as mãos fazias antes daquele FMR."
Eu digo aquilo, embora eu próprio não tenha muita ideia do que um FMR faz. De qualquer forma, vou deixá-la explicar pro Yamada-san e pro resto já que eles não fazem a mínima ideia do que é isso... Aproveito e descubro o que é esse tal Fenrir também.
Porém, olho para o canto da sala, e logo vejo Lucemon-san e Takahashi-san. Hm... Lucemon-san parece feliz!
"Tá com essa carinha feliz por que, Lucemon-san? Evoluiu?"
Fabão Rosão- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
- Senseeeeeeei! - Mika grita ao ver Kuroto. - Você tá bem? Eu fiquei tipo, total preocupada!! Hoje foi TÃO estressante!
Enquanto Mika fala, Lopmon pega uma caneca de café pra ele e bebe em goles pequenos, fazendo carecas progressivamente piores entre cada um deles.
nico nico ni- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
"Não se preocupa, tô ótimo! Kudamon-san me curou tranquilamente, é como se eu nunca tivesse um tiro em primeiro lugar!"
"Bem, não é uma sensação muito legal em primeiro lugar, mas é! Tô tranquilo. E vocês? Eu sei que nenhum civil se machucou, mas e vocês? Foi difícil lidar com o cara lá?"
Giorno se aproxima de Lopmon enquanto isso, sussurrando pra ele.
"Lopmon. Você quer que eu te explique os efeitos da cafeína e como eles não podem ser beneficiais para alguém de sua condição física?"
Fabão Rosão- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
- Não!
- Guilmoneunãoquerosaberdenadaeunãotonentendendomaisnadaporqueisso
queeutotomandoétãoamargoeusótotomandoissoporquetodomundotomaeeuqueromesentir
maispartedotimeefazercoisastipoasquevocesfazemporquevocessemprefazemascoisasdireito
etudomaismaseunaotomesentindomuitobemecomoseeutivessebaixadomaisramemmimmesmo!
Lopmon diz indo buscar mais café.
nico nico ni- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
-Haha... Ele pegou a gente de surpresa mas eu acho que não foi tão difícil...
-Foi oque ele mereceu por ficar no nosso caminho...
Unit DAN- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
"Minha nossa."
Eu entendi tudo o que ele falou, claro, mas me surpreende que ele conseguiu falar tudo aquilo sem desmaiar ou ter um curto circuito.
"Tome, Lopmon. Peguei algo mais apropriado para o que você deseja."
Digo, oferecendo pra ele um guaraná que estava guardado na bolsa de Kuroto.
"Boa, rapaziada. Ó, rapidinho, deixa eu só aproveitar aqui e beber um guaraná que eu..."
"...Cadê meu guaraná?"
Fabão Rosão- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
-Mas e essa coisa de FMR e Fenrir, oque é isso?
Saru coça a cabeça.
- Uh, bem, você sabe como Digimons aparecem no mundo humano? É a mesma coisa só que do mundo humano pro digital, FMR... Forced Matter Realization - O inglês dela é terrível - e quando um Digimon aparece é um SDR, Spontaneous Data Realization!
- Fenrir é a C.O.D.A da ONU!
Enquanto isso, Aegiomon gruda Lopmon pelas orelhas.
- Sem mais café pra você, pequenino, não faz bem! - Ele soa como uma mãe.
juanenglish- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
-Huh... Realmente tem Digimons no mundo todo né...?
Yamada fica pensando em como existem outros tamers por ai vivendo o mesmo tipo de "aventura" que ele.
Ele pega Tsumemon de sua cabeça e o põe no colo, onde ele começa a apertar seu corpo gordo e bulboso.
-Mas realmente me deixa curioso o porquê de a ONU deixar o serviço com empresas privadas ao invés delas serem financiadas pelo governo...
Unit DAN- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
- Bem, até onde eu entend-
Ela é rapidamente cortada por boss, que responde a pergunta.
- Na verdade a C.O.D.A responde direto pra ONU, e não pro governo japonês, então de certa forma, nós meios que somos uma empresa estatal? Só que não de um estado só... - ele coça o queixo - não se preocupe com isso, o que você precisa saber é que somos autarquias, e que respondemos aos chamados da ONU, mostly... porque quase todo nosso budget vem deles, haha...
Eles finalmente liberam vocês pra irem pra casa, deixando vocês na frente das mesmas.
Eles finalmente liberam vocês pra irem pra casa, deixando vocês na frente das mesmas.
juanenglish- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
Parte: 1
musica importante
- Spoiler:
-Bem eu estou indo, bye bye!
Eu digo com um sorriso falso na cara me despedindo de todos ali.
Eu sigo pra casa com Tsumemon, Keramon... Seiláoquemon.
Eu tenho certa dificuldade em chamar ele pelo nome certo as vezes, mesmo que ele acabe não ligando... É realmente diferente dos jogos onde você consegue decorar tão facilmente cada Digimon, talvez pelo fato de você estar convivendo com ele todos os dias. É como ter um parente que muda de rosto e nome quando está irritado.
Eu nunca parei para pensar mas tudo isso era realmente uma situação bem estranha, quem diria que os monstros de uma querida franquia de jogos seriam verdadeiramente coisas que existiam em nosso mundo? E que eu estou trabalhando há quase um mês para oque é essencialmente as Nações Unidas e mantendo a paz e segurança da capital de meu país, algo que eu realmente nunca me imaginei fazendo em toda a minha vida, especialmente porque eu não sou alguém que é particularmente preocupado com a segurança publica de uma sociedade que me rejeitou, alás cá estou eu.
Poderiam mais coisas assim serem possíveis? Eu me vejo perguntando a mim mesmo se isso tudo era realmente real, se eu não estava sonhando tudo isso devido a minha imensa solidão, me vejo voltando a minha infância na qual eu acreditava que coisas como dragões e desejos em estrelas cadentes existiam e percebo finalmente que isso realmente era real: Eu sou um Tamer, Digimons existem, são um perigo para a sociedade e que a melhor maneira de lidar com eles era atacando de volta com outros Digimon.
Demorou todo este tempo para eu realmente aceitar algo que era tão obvio e real, caramba Yamada você é realmente lento... Se você fosse um homem mais fraco aquele MetalEtemon teria te dado um reality check fatal.
Meus pensamentos voltam novamente a minha infância e como toda vez que eu penso em minha infância meus pensamentos voltam a um único ponto:
Meus pais.
Hoje em dia eu não penso mais tanto neles porém eu e minha tia brigávamos bastante sobre o fato dela não me falar sobre a existência deles, clamando que ela era a minha unica verdadeira mãe, oque realmente me irritava. As brigas duravam o dia todo e geralmente acabavam com eu falando que odiava ela enquanto eu saia correndo chorando pra meu quarto, mas porque ela insiste em não me falar sobre eles eu ainda não sei.
Eu quero mudar isso, desde que eu virei um tamer eu me sinto mais em controle de meu próprio destino, desta vez eu tenho certeza que eu vou conseguir a resposta que eu quero...
_________________________________________________________________________________________________________________________________
Eu e minha tia estamos novamente jantando na mesma mesa de sempre, nós nunca mudamos de casa e em minhas mais antigas memorias esta casa continuou sendo sempre a mesma, com algumas diferenças tipo modelos de televisão novos e alguns outros eletrodomésticos.
-E como foi o trabalho hoje?
Ele me pergunta com um sorriso, antes de enfiar uma bola de arroz na boca.
-Foi okay...
Eu respondo vagamente.
Todo dia é assim, ela sempre me pergunta como eu estou indo, se eu estou bem, mesmo sabendo que eu nunca estou realmente bem.
Eu entendo que ela realmente se preocupa comigo mas a este ponto ela está zombando de mim.
-Ah, que bom eu fico f-
-Ei, Hitomi.
-Eh?
Eu interrompo ela.
-Tsumemon, vaza.
O digimon pula de minha cabeça e vai para o meu quarto pelo chão.
Eu olho para minha tia com meu rosto franzido.
-Hitomi... quem realmente são meus pais?
Os olhos negros e opacos dela, que são iguais aos meus encaram os meus olhos.
Eh? Haha, você sabe eu sou sua unica ma-
Eu me levanto e com toda a minha força eu dou um imenso empurrão nos potes copos que saem voando e se quebram e quicam contra a parede e o chão fica sujo com arroz, ovos, ohagi e flocos de bonito. Fica parecendo que alguém vomitou bem naquele local.
Ela fica sem reação, enquanto ela está completamente chocada com minha explosão de violência eu encaro ela e começo a falar, pondo minhas mãos abertas em cima da mesa.
-Você SABE quem eles são não sabe?? Não tem um único motivo para você esconder eles de mim.
-Porque você continua fazendo isso? Você acha que eu sou uma criança burra e estupida suficiente pra acreditar que eles me amam? Que eles possivelmente vão me querer de volta e agora vamos viver como uma família unida e feliz? Você REALMENTE acha isso Hitomi?
-POR QUANTO TEMPO VOCÊ VAI MANTER ESSA ABSOLUTA FARSA DE QUE VOCÊ É MINHA POBRE MÃEZINHA TRÁGICA!?
-Eu não aguento mais isso e eu não aguento mais viver com você sobre essa piada de que somos uma família normal, eu sou um disfuncional e você é uma coroa bêbada e solteira.
Eu digo, arranhando a mesa com a ponta dos dedos.
Ela continua olhando para mim por um tempo, ela dá um sorriso e se levanta.
Fica bem obvio que ela é mais alta que eu neste ponto, eu fico um pouco intimidado achando que ela vai gritar comigo mas eu conheço essa mulher, ela é fraca demais pra fazer qualquer coisa.
-Tarou...
Ela me chama pelo meu nome de nascença sem algum sufixo.
Eu vejo ela apertando a própria as próprias mãos com força, tentando manter uma compostura.
Um flash passa por meu rosto e eu perco meu equilíbrio por um tempo.
Meu rosto começa a doer e minha bochecha fica quente.
Não é nada que eu já não tenha recebido de outras pessoas, isso nem ao menos doí direito mas...
Eu não consigo acreditar nisso. Pela primeira vez em toda a minha vida, Hitomi me deu um tapa.
Isso não doí, mas... Ao mesmo tempo é o tapa mais dolorido que eu já recebi em toda minha vida.
Eu vejo ela, ela está tremendo, ela está chorando.
Ela não aguenta isso, ela nunca se preparou pra isso ela nunca esperou que fosse fazer isso em sua vida, ela parece uma criança que ao invés de dar um tapa, recebeu um e agora está com o rosto vermelho e todo molhado.
-SEU... SEU... PIRRALHO INGRATO!
-VOCÊ É TERRÍVEL! ABSOLUTAMENTE TERRÍVEL! EU NÃO TE CRIEI DESSE JEITO!
-VOCÊ NUNCA ME AGRADECEU, NUNCA EM TODA A SUA VIDA VOCÊ ME AGRADECEU ALGUMA VEZ!
Ela esfrega o nariz e seca o rosto com a manga da camisa, porém as lágrimas dela não param, ela realmente é mais similar a uma garotinha chorando do que uma mulher de trinta e dois anos.
-Eu sacrifiquei por você todos os anos de minha juventude! Eu não pude sair com minhas amigas, eu não pude me apaixonar, eu não pude arranjar um namorado! NADA! Porque eu tinha que cuidar de você! Eu tive que alternar entre estudar, cuidar da casa e cuidar de você enquanto eu tinha apenas meus dezesseis! MEUS PAIS MORRERAM CEDO TAROU, VOCÊ NUNCA TEVE AVÓS, EU NÃO TINHA NINGUÉM ABSOLUTAMENTE NINGUÉM PRA ME APOIAR! Eu tive que usar um aparelho estranho pra me ajudar a te dar de mamar, EU! UMA MENINA ADOLESCENTE!!! ISSO NÃO É NORMAL E AINDA SIM... AINDA SIM EU FIZ, PORQUE VOCÊ É MINHA FAMÍLIA E EU TE AMO!
-Eu te amo tanto, tanto... Então porque? Porque você nunca me agradeceu? Eu fui uma mãe ruim?? Eu fui???
Ela olha para mim com os olhos vermelhos, ainda ocasionalmente fungando.
Eu fico sem alguma reação, eu nunca imaginei que tudo isso fosse estar guardado dentro dela esse tempo todo.
-....Não é.... Eu.. Nã... Não você.. Não... Não é sobe isso...
Ela respira fundo algumas vezes e para de chorar.
Ainda com o rosto vermelho e fungando ela ganha sua compostura novamente, ainda olhando para mim.
-Tarou... Eu... Eu vou te falar sobre os seus pais, mas eu quero que você me prometa algo:
-Por favor, não vá atrás deles...
Ela me propõe esta ideia francamente ridícula...
-Você sabe que eu não posso prometer algo assim...
-Eu queria pelo menos tentar... Então... Você pode me prometer outra coisa?
Ela me faz outra proposta dessa vez, uma que me pegou de surpresa e me deu uma outra pontada no peito.
-Mesmo que eu conte pra você toda a verdade... Você poderia me aceitar como sua verdadeira mãe?
Ele me faz uma pergunta extremamente simples, é uma resposta básica de sim ou não, porém ela carrega consigo o peso de todo este conflito, de toda a minha negação e todos os anos e anos de brigas e lágrimas derramadas.
É a pergunta mais difícil que já me foi feita até agora.
Porém eu estou disposto a jogar todo este passado fora, se fosse para pelo menos saber a verdade.
-S-sim....
Eu respondo, a resposta vindo com uma mistura de emoções, eu não tenho a menor ideia se eu estou sendo ou não sincero em minha resposta...
Mas parece ser o suficiente pra Hitomi.
-Tarou... Primeiro eu quero dizer que seus pais estão vivos, então você pode tirar a suspeita de que eles morreram em algum acidente, segundo eles ainda moram no japão e em Tóquio.
A primeira não é tão surpreendente mas a segunda me atinge como um carro.
Todos esses anos vivendo na mesma cidade que eu e nenhuma noticia, visita, ou ligação.
Completo rádio silencio, eles poderiam muito bem estar mortos e quase não faria diferença.
Isso me trás imensa raiva.
Algo escuro dentro de mim surge e eu penso que seria bom levar Keramon comigo para encontrar meus pais após essa conversa, porém eu bano esse pensamento pra as profundezas de minha mente.
-Não deve ser surpresa nenhuma pra você, mas seus pais não são pessoas boas.
-Especialmente o seu pai mas eu não sei o histórico da vida dele.
-Porém eu posso falar de sua mãe...
-O nome dela era Yamada Fumiko e... Ela era um sol tão brilhante mais tão brilhante que queimava tudo em sua volta,
-Oque você quer dizer com isso?
-Bem, olhe pra sua tia. Ela se orgulha de sua aparência mas comparada a sua mãe eu pareço uma garota plana e entediante, ela era sobrenaturalmente bonita, popular e bem sucedida.
-Eu estava sempre a sombra dela comparativamente mas eu nunca deixei sentimentos como inveja se instalarem em mim, eu amava minha irmã mais velha muito.
-Porém nossa família era pobre e pequena, a maioria dos Yamada foram "apagados" deste mundo totalmente devido bomba na segunda guerra, então eram só nossos pais de sobreviventes. Na época uma incrível oportunidade surgiu para Fumiko, uma que iria tirar nossa família da pobreza: Ela foi encontrada pelo membro de um grupo de produção de Tóquio que tomou interesse nela, ela havia sido garantida a oportunidade de se tornar uma membro de um grupo de Idols.
-Minha mãe era uma Idol... Espera enta-
-Por favor deixe-me terminar....
Ela continua.
-Sua mãe subiu facilmente nos rankings, logo ela estava fazendo shows locais solo, cada CD solo que ela fazia era esgotado, enquanto em casa ela apenas ensaiava e crescia mais e mais distante da família, porém ela trazia todo o dinheiro e nossos pais não se importavam, eles até pararam de ligar se eu estava indo bem ou não no colégio... Sua mãe estava em todos os lugares, outdoors, posteres, comerciais, filmes... Tudo.
-Porém ela nunca estava com a gente, após algum tempo ela havia mudado tanto e ficado tão distante que eu não conseguia mais conversar com ela, ela era como uma estrela distante, tão distante.
-Eventualmente nossos pais adoeceram devido a radiação e a acabaram morrendo... Ela... Apareceu no funeral mas rodeada de guarda costas e foi embora brevemente depois.
-Assim que ela se graduou ela sumiu por um tempo, eu imagino que nesta época foi onde ela conheceu seu pai e... Ficou grávida de você, nem eu ouvi falar dela, ela manteve a gravidez e o relacionamento com seu pai um segredo absoluto.
-Porém assim que você nasceu ela entregou você a mim, neste meio tempo ela havia trocado de nome...
-Qual.... Qual nome?
Eu já tenho suspeitas de quem seja, porém eu não poderia possivelmente acreditar em uma coisa dessas.
É ridículo demais pra ser verdade.
-Ela trocou o nome de nascença pelo nome artístico dela....
-Amanogawa Fumiko.
Assim que eu escuto esse nome minha mente fica em branco, eu vejo todas aquelas quantidades de CDs, Revistas velhas que estão enfiadas no fundo dos armários de meu quarto, todo aquele tempo ela estava embaixo de meu nariz no sentido literal.
E eu não percebi...
Isso é ridículo.
Ridículo.
Ridículo.
Ridículo.
Quantas vezes eu já vi seu rosto, quantas? Esse tempo todo era como se você estivesse aparecendo pra mim em visões e eu não fazia a minima ideia.
Eu me sinto um completo idiota.
Eu me recuso a acreditar nisso, isso absolutamente não pode ser real, eu Yamada Tarou sou o filho perdido resultado de uma Idol se apaixonando por algum homem aleatório...? Absolutamente inconcebível e estupido.
Eu tenho certeza agora.
Isso é um truque, essa mulher está fazendo algum tipo de truque.
-Mentirosa...
-Eu estou falando a verdade!
Ela diz, como se estivesse lendo meus pensamentos.
Eu percebo agora que minhas unhas fizeram enormes arranhões na mesa de jantar e que eu acabei pensando em voz alta.
-Você ACHA que eu vou acreditar nisso? Que eu sou filho de uma atriz e idol famosa e que não há oque eu possa fazer agora pra encontrar ela? Não fode mulher, você deve realmente achar que eu sou estupido e sem cérebro... Tch, realmente não da pra confiar em ninguém neste mundo.
Eu devo admitir que parte minha simplesmente não quer acreditar no que eu acabei de ouvir, não é possível que ela poderia ter escolhido a carreira superficial de Idol ao invés do próprio filho, pais são supostos a amarem os filhos então porque? Não faz sentido, este tipo de historia ridícula só ocorre em ficção, mesmo que nesse mundo existam monstros digitais, uma historia dessas ainda é muito estupida.
Eu me recuso a acreditar nisso, isso é um truque, um truque!
-Por favor acredite em mim...
-Eu me recuso... Você não vai me pegar com uma historia dessas... Ridículo...
-Por favor... Acredite em mim... Eu não estou mentindo...
-Sim você está, mentirosa... Eu confiei em você e você me vem com um papo completamente sem nexo desses... Vá a pro inferno.
Seu rosto começa a se contorcer de choro novamente, a mulher adulta volta a chorar.
Eu dou as costas para ela, eu sei oque eu vou fazer agora.
Se eu não posso confiar nessa idiota eu posso pelo menos confiar em mim mesmo.
-Sua lágrimas de mentirosa não me afetam... Se eu não posso confiar nem em quem diz ser minha família, eu não posso confiar em ninguém.
-Por favor acredite em mim.... Por favor... Por favor... Por favor...
Ela continua repetindo isso, porém a este ponto eu já estou de costas para ela.
Eu sei quem pode me dar a resposta que eu estou procurando.
Algum tempo depois Yamada chega na CODA, visivelmente cansado.
-Yo... Vocês da CODA tem acesso a tipo arquivos e registros de nome da cidade? Tem algo que eu estou procurando, é sobre minha própria família.
Unit DAN- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
Yamada encontra apenas uma garota trabalhando até mais tarde, ela levanta da sua baia e olha pra ele.
- Eeeeh, quem vem pra C.O.D.A essas horas? - ela parece um pouco alarmada - Ah, um dos tamers, uh, olha, nós temos informações sobre vocês em especifico mas eu não suponho que eu posso só... sair por ai te entregando, sabe?
juanenglish- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
Yamada fica apreensivo com a resposta.
-Mas.. Você tem que ajudar, por favor!
-É sobre minha mãe de nascimento, qual o nome dela e se ela trocou de nome, só isso! Por favor....
Yamada junta as mãos, tremendo.
Unit DAN- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
- Uuuuh, tá bom, calma ai... - ela parece perder algum tempo fechando algumas coisas na tela dela, tomando cuidado pra que Yamada não veja, e então começa a ler em voz alta - Uuuuuh, Yamada Tarou, 16 anos... mãe Amanogawa Fumiko, oooh, a Idol? Legal, pai Amanogawa Ichirou... ah, vocês não tem o mesmo sobrenome haha, por que isso? Na verdade, eu não quero saber.
juanenglish- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
- Spoiler:
"Ok deixa eu ver se eu decorei direitinho. Carne, ovos, tomate, alface, pão de forma, shampoo da Johnson Johnson, sabonete de uva, ketchup, fio dental, absorvente, desodorante, detergente... Só isso que tá faltando aí, né? Ah, tá faltando algo? Fala."
"Não, Rika. Eu não vou te comprar milkshake grande de creme de leite. Lembra daquela bomba atômica que tu soltou semana passada? Nã- Não, cara, é óbvio que foi o milkshake. Mas... Não me vem com essa que você não comeu NADA antes de tomar o milkshake! E... Ei, não me vem com essa de "mulheres não cagam"! Você tem que cuidar do seu estômago, cara!"
"Ei, vamos fazer assim. Lembra daquela confeitaria árabe lá, o que tinha aquele Mahalabiya que tu queria comer da última vez? É, aquele pudinzinho árabe lá. Não é tão grande quanto um milkshake e que eu saiba o conteúdo calórico é bem menor. Tá bom? Que tal? Sim?"
"Show. Tá bom, meu anjinho, vou lá fazer as compras. Te amo, tá? Beijo, valeu."
Aperto o botãozinho de terminar a chamada, e logo dou um suspiro. Giorno, disfarçado e estando ao meu lado, ao perceber o fim da conversa pelo telefone, começou a falar comigo.
"O que ela quish disher que mulheresh não cagam? Meu banco de dadosh eshtá errado?"
"Se preocupa não, Giorno. Seu banco está corretíssimo."
Logo depois da missão do dia, eu acabo percebendo que estou perto da casa da Rika, aí eu fui e liguei pra ela pra ver se ela iria querer que eu comprasse algo pra ela antes de eu voltar pra minha casa. Sendo o bom marido que eu sou, rapidamente me dedico pra fazer umas comprinhas pra ela; eu já fiz as compras que eu precisava alguns dias atrás, então acho que não vou passar muito tempo no mercado.
...A diferença de hoje é que Giorno está me acompanhando na forma de Guilmon dele. Geralmente ele me acompanha como Gigimon, mas como a gente acabou percebendo que os disfarces que a gente bolou pra ele nos dias de corrida funcionam bem (até bem demais, na verdade), a gente decidiu dar uma saída na rua com ele assim, e... Uau, funciona bem até demais! É tão bom poder sair com meu parceiro na rua sem nenhum problema!
Mas, ainda assim... Me sinto um pouco mal. Não pelo fato dele sair na rua comigo, mas sim por eu só ter percebido o esquema dos disfraces mais tarde que o necessário. Imagino o quão abafado ele deve se sentir como um Gigimon, tendo que agir como uma bolinha de pelúcia na cesta da minha bicicleta ou num dos compartimentos da minha mochila.
Logo...
"Ei, Giorno. Antes de fazermos as compras, vamos dar uma voltinha?"
"Ok, papai! Mash vamosh até aonde?"
"Até o parque. Faz um tempo que não vou lá! Você vai gostar!"
~~//~~
"Uaaaau! É tão bonitinho!"
"Viu só, viu só?"
Giorno, ao deparar-se com a vista simples mas aconchegante do parque, não conseguiu conter sua admiração pelo local; mesmo se Kuroto, seu amado Tamer e fator primário que motiva todas suas ações, não estivesse ali, não mudaria o fato de que ele reconhece a beleza natural do local. Em poucas palavras, é um campinho verde rodeado pelo odor único de inúmeras flores, como se o ar poluído da cidade grande jamais pudesse passar pela barreira de natureza que é aquele parquinho.
Porém, mesmo apreciando a situação, Giorno não sabia exatamente o que fazer diante do esplendor natural em sua frente.
"E então, o que que a shente fash, papai?"
"Se diverte, ué."
"Hm... Como?"
A noção de diversão, tão proeminente e importante para Kuroto, é fundamentalmente desconhecida por Giorno; este que acredita fielmente em sua função como máquina naturalmente não entende como que o ato de diversão ocorre; mesmo depois da reunião com os outros Digimons e as inúmeras vezes que ele já trocou palavras ou ações com seu Tamer ainda não se encaixam em sua cabeça como atos "divertidos".
"Hm..."
Kuroto, ao ser questionado sobre como se divertir, pondera um pouco, antes de vir com o seguinte:
"Bem, como que você gostaria de se divertir? Pense em algo que nós dois possamos fazer aqui no parque que te deixe feliz. Hoje, o dia é seu."
"..."
Em situações normais, o Guilmon saberia exatamente como respondê-lo: "eu quero passar tempo com meu papai!" ou algo assim, como você já deve esperar. Porém, hoje, ele pondera antes de responder... O motivo para isso é o fato dele ter visto Lucemon após o combate contra o IceDevimon.
Se Lucemon não tivesse evoluído para Angemon e, consequentemente, começasse a considerar os outros Digimons como seus aliados, Giorno não pensaria duas vezes e daria sua resposta normal. Ele próprio, sabendo da fonte de seu questionamento, não o entende; pra qual motivo que o crescimento pessoal de Lucemon teria o afetado tanto? Ele próprio não se importa tanto com Lucemon, afinal. Logo, por que? Por que, ele se pergunta, esta seria a fonte de seu questionamento?
"...Você não sabe como se divertir, né?"
Não há outra resposta. Giorno, ao perceber que Lucemon conseguiu achar uma forma de apoiar e de, consequentemente, se divertir com seus aliados, conseguiu achar formas de se entreter. Giorno, ao assistir aquilo, foi mais afetado do que ele imagina; afinal, se o egoísta e mesquinho Lucemon conseguiu achar uma forma de se sentir feliz daquela forma, Giorno também pode, não é?
Pode não parecer óbvio, mas Kuroto consegue facilmente entender as pessoas com quem ele interage, mesmo que ele deixe passar a sensação de que ele é só um professor bobão que gosta de fazer piada. Como Tamer de Giorno, acima de tudo, Kuroto tem pensado inúmeras vezes sobre qual seria uma possível forma de fazer com que Giorno se importe com outras coisas além de seu Tamer.
"N-Não shei, papai! Deshculpa..."
Giorno, naturalmente, crê que falhou com seu Tamer neste quesito. Para ele, qualquer falha, por mais minúscula possível, é fatal.
"Hahaha, não precisa se desculpar! Afinal..."
Kuroto ia dar-lhe uma resposta para deixar claro que Giorno, acima de tudo, não precisa se desculpar por nada que ele tivesse feito, mas... Kuroto, a esse ponto, percebeu que palavras não são muito eficientes com Giorno. Embora ele ouça e compreenda exatamente o que seu Tamer o diz, ele próprio não sabe como executar tais ações.
Logo, qual é a melhor forma de motivar uma ação...
"Hm, quer saber, acho que só vou te desculpar com uma condição!"
...do que com outra ação?
"Qual? Qual?"
"HORA DE APOSTAR CORRIDA! UM DOIS TRÊS VAI"
O adulto, como se estivesse reencarnando seu coração de criança, parte em disparada numa direção qualquer, correndo como uma lebre.
"O QUÊ"
Giorno, em seu banco de dados compreendendo a ação de Kuroto como, bem, incompreensível, começa a correr, tentando acompanhá-lo. Mesmo sendo relativamente frágil, Kuroto corre extremamente rápido, fazendo com que até as pernas fortíssimas de Giorno tenham que se esforçar um pouco mais do que o normal para acompanhá-lo.
Aquela simples ação boba de Kuroto desencadeia uma corrente de ações simplesmente inesperada por Giorno.
Depois daquela corrida sem sentido algum, os dois vão a procura de insetos locais, vendo se conseguem achar algum "inseto raro"; a única coisa rara que eles acharam foram um besouro levantando um galho, o que foi um evento incrível o bastante que fez a dupla ficar olhando fixamente para ele por um pouco mais de dez minutos.
Imediatamente depois, eles vão e tentam procurar por um trevo de quatro folhas para receberem sorte, mesmo com Kuroto tendo total noção de que não existem trevos de tanto faz quantas folhas no parque. Porém, eles encontram uma flor orquídea escondida bem debaixo de um arbusto comum; os dois logo se colocaram a pensar sobre qual motivo uma orquídea estaria tão escondidinha lá, e se foi alguma pessoa que a colocou lá. Talvez seja uma pessoa deixando um segredo para seu amor, ou talvez alguém que, simbolizando a perda de um amor, abandonou a orquídea? Ao encontrar-se interessado na primeira hipótese, Kuroto deixa a orquídea de volta no lugar em que achou, esperando que a pessoa certa a ache.
Depois daquilo, Kuroto pensou numa ideia magnífica: tentar imitar aqueles canais de exercício que sempre passam do fim da tarde, fazendo posições inusitadas de ioga e flexionando e alongando o corpo como se não houvesse amanhã. Giorno, naturalmente, sendo um dinossauro relativamente flexível, conseguiu lidar com facilidade com as instruções dadas por Kuroto. Este, porém, amaldiçoando sua alma idosa num corpo jovem, não possui a mesma facilidade de Giorno. Ambos ponderam sobre como o corpo de Kuroto é tão magnífico para correr mas tão péssimo em qualquer outra coisa.
Como pode ver, eles estavam se divertindo.
Kuroto percebeu que ele precisava tirar Giorno de dentro do mundo vasto que é o interior de sua cabeça, e que isso precisava de um certo empurrão; tomando um monte de ações em sucessão rápida, ele conseguiu, facilmente, fazer com que Giorno ignorasse seu banco de dados e que ele focasse no momento em sua frente. Os dois conversaram sobre significados de plantas, insetos engraçados e feios, músculos corporais, os hábitos alimentares péssimos de Rika... E muito mais.
Eles finalmente percebem a hora de parar quando o crepúsculo bate sobre suas visões. Dito isso, eles se sentam num banco próximo, conversando um com o outro. Eles falam sobre várias coisas; coisas sérias e coisas engraçadas. Eles falam sobre os problemas que advém deles trabalharem na C.O.D.A., eles conversam sobre como devem ser outras pessoas que trabalham com Digimons, eles falam sobre o quão divertido foi a festa de algumas semanas atrás (se ela não tivesse terminado em caos, claro), eles falam sobre a fofura de Lopmon... Várias coisas.
Giorno estava incrivelmente descontraído o momento inteiro. Sem tocar em seu banco de dados por um minuto, aquela era uma sensação nova para ele que ele, até agora, não percebeu. A simplicidade que é viver sem confiar em algo que guia suas ações... Giorno, querendo ou não, estava subconscientemente entendendo isso.
Kuroto, por outro lado, tratava aquilo como uma missão. Ele não parava um único momento; quando as brincadeiras pareciam estar ficando tediosas, ele mudava para outra. Quando a conversa parece ter chegado ao fim, ele inicia outro assunto, sempre dando seu máximo para deixar a conversa com Giorno fluida e aconchegante. Mesmo sendo uma situação divertida, Kuroto estava dando o seu máximo para lidar com Giorno.
Kuroto gosta muito de Giorno.
"E foi por isso que eu decidi te chamar de Giorno."
"Eu não eshperava que esshe tal Giorno Giovanna fosshe tão legal a ponto de voshê querer me nomear a partir dele! Vou ter que ler esshe tal JoJo's Bisharre Adventure!"
"Qualquer coisa me chama pra ler contigo! É muito bom, eu e a Rika adoramos!"
"Ah, espera, isso me lembrou de algo. Tipo, eu sei que eu e você somos Tamer e Digimon e tal, mas tipo... Você realmente não se importa que eu te chame de Giorno?"
"Claro que não, por que? Eu goshto do meu nome!"
"É que, tipo, eu meio que achei que vocês vindo aqui pro mundo real fossem que nem Pokémons, sabe? Falam os próprios nomes e essas coisas. Aí pensei, poxa, legal, vou chamar esse aqui de Giorno! Só que tipo... Logo percebi que vocês tem suas próprias personalidades e essas coisas. Aí fiquei me sentindo meio mal, sabe?"
Giorno pensa um pouco antes de responder.
"Bem, não she preocupa, papai! Eu não shó goshto do nome que voshê me deu, mas também goshtei muito da menshagem por trásh dele! Saber que eu shou nomeado com bashe no sheu pershonagem favorito de JoJo's Bisharre Adventure me deixa shuper felish!"
"Ah, que bom! Tirou uma preocupação do meu peito!"
Giorno estava sendo 100% verídico quando falou aquilo. De fato, todos Digimons tem um senso de individualidade diferente, e admitidamente, Giorno não se importa em ser tratado como Guilmon ou não... Ainda assim, é extremamente fácil perceber o jeito que ele se apegou ao nome. Mesmo com a noção diferente do mundo humano com o mundo Digital, Giorno consegue perceber com facilidade que a nomeação dada por Kuroto não veio com nenhum sentimento malicioso, como se fosse tratá-lo como propriedade; e acima de tudo, é um nome bonito e com significado.
...Giorno começa a pensar.
É, de fato, um nome bonito. Um nome que o deixa feliz que as pessoas o tratem assim. Mesmo que ele seja um Guilmon, ele quer ser chamado de Giorno. Não porque seu nome o chama assim, mas por que ele próprio gosta de ser chamado assim. Dia em italiano. É uma palavra bonita.
Giorno pensa...
Como é bom ser chamado de Giorno.
"Giorno...!"
Se ele não tivesse pensado direito, Giorno teria usado sua voz de verdade ao invés da voz de criança.
Sim... Giorno está feliz. Giorno se divertiu.
Afinal, ele finalmente reconhece que ele nunca teria experienciado algo assim se seu nome não fosse Giorno.
"O que houve? Nunca vi você sorrir tanto assim."
Porém, mesmo estando feliz, Giorno consegue se lembrar das coisas mais do que ninguém. Ele logo diz:
"Papai, e ash comprash da Rika?"
"..."
"Que horas são?"
"Shinco e quarenta e nove da noite!"
"..."
"CORRE QUE TAMO ATRASADO!"
"O QUE"
E novamente, os dois correm; só que dessa vez, Giorno percebe que algo dentro dele foi alterado. Para o bem ou para o mal? Só o tempo dirá.
"Hmm, tô sentindo que amanhã vai ser um dia bom."
Ele diz antes de dormir, pensando nos seus colegas da C.O.D.A..
Fabão Rosão- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
-Ah....
-O... Obrigado... Você... Pode me dar o endereço dela?
Yamada encara o vazio
Unit DAN- Amigo
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Re: [HIATO] Digimon: D-Termination - Parte 2
A menina suspira e vai até a impressora, voltando com um papel.
- Aqui, sua ficha, agora por favor, me deixa uh, trabalhar...
juanenglish- Amigo
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