GAMEPLAY: MISERY

"Seu velho corno filha da puta...."
O garoto diz, lamentando seu baseado perdido.

Shizuka ainda está limpando resto de lágrimas do seu rosto, seguinto o resto da trupe no puteiro respeitável estabelecimento de hotelaria

a Deagle está de volta na bolsa dela, mas o clipe meio-vazio ainda está em mãos, ela brinca com uma bala como alguém ansioso brinca com um fidget cube que custa 25 reais nas lojas americanas, ocasionalmente botando uma bala no pente, metendo a mão de volta na bolsa e procurando outra bala, só pra repetir o ciclo, até o pente estar cheio

Ela passa pela futura vítima de violência de gangue, falando baixinho, quase inaudível



"bundia"

um antropólogo experiente poderia, talvez, interpretar aquilo como um cumprimento.

Vocês seguem para dentro do Hotel, corredores decrépitos adentro.
O lugar cheira a salitre, fumaça de cigarros e maconha pesada, além do ocasional cheiro quitinoso de uma barata ou outra, qualquer iluminação chique e candelabros que esse lugar tinha foi removido, provavelmente por mendigos e outros marginais que venderam as peças e o metal por dinheiro de droga.

Felizmente, vocês não moram aqui.


Seguindo para o terceiro andar vocês encontram um apartamento com o numero "34"pintado bruscamente no canto superior esquerdo da porta... Que obviamente está trancada, dentro vocês conseguem ouvir o barulho de uma boombox de baixa qualidade e de uma televisão, passando algum filme onde pessoas estão gritando e há sons de explosões.


É aqui... Só resta decidir como vocês irão prosseguir.

Shizuka olha pra um lado, o divorciado tá fumando maconha, a professora tá sorrindo de olhos fechados que nem uma pescotapa, ela olha pro outro, a criança tá tirando cera de ouvido com o dedão e meleca com o midinho, o samurai tá... meditando? e a menina tá checando o instagram ou algo assim, então, como uma verdadeira protagonista, ela decide tomar o problema em suas próprias mãos, e...

Ela bate três vezes na porta.
Mesmo se não tivesse música do outro lado, é discutível se alguém teria escutado as batidas



"c-com li-li-licença..."

é ainda mais discutível se alguém teria escutado o pedido de licença, mesmo que tivesse um estetoscópio colado no peito dela.

Conan chuta a porta com toda sua força de moleque cracudo, normalmente nada aconteceria mas o corpo de Conan obviamente usa muito mais força do que deveria devido ao seu estado naturalmente alterado por substâncias químicas.

A porta quebra nas dobras e voa alguns centímetros para frente antes de cair no chão com um estrondo violento, revelando um apartamento sujo, básico e com cheiro de cigarro, levantando rapidamente de um sofá de couro falso meio desmanchado um homem agarra uma mulher que está usando uma camisola curta e mais nada e aponta uma arma para sua cabeça.

Seus inimigos são:

O Homem lentamente se afasta em direção a janela, arma ainda apontada na cabeça da mulher.


"Não tentem nada engraçado... Se não ela vai kaput."
Josias não vai pagar vocês se essa mulher morrer.

Ele continua indo para a janela, de costas.

"Uuuh.... Sim?"
Diz a profissional do sexo.

Shizuka Himari está suando como um atleta olímpico russo prestes a fazer o exame de drogas, mão na sua bolsa, segurando sua arma, sem puxar ela ainda

Ela resmunga pra sí mesma, as pessoas próximas a ela conseguem ter uma ideia do que ela está falando, mas do ponto de vista da profissional do sexo e do seu captor



"-A gente tá no terceiro andar do hotel e essa janela da vista a rua ele só teria algum armotecimento se saísse pela janela do corredor virando a direita naquela casa pintada quer dizer que não tem nada pra amortecer os 11 metros de queda então quer dizer que ele não tem nenhuma intenção de sair daqui com a mulher e mesmo que ele saia ele não vai conseguir sair ileso da queda então ou ele vai matar a mulher ou ele vai deixar ela ir mas se ele fosse deixar ela ir teria sido mais rápido correr direto pra janela  então quer dizer que ele vai usar ela como barganha até chegar na janela e acabar com ela e fugir mas mas ele não tem como sair ileso da queda quer dizer que ele tá desesperado e-"

Kent se aproxima lentamente dos dois

"Eu não sou a 'puta do Josias' Eu sou minha própria pessoa!"


"É ISSO AI!"
Grita o inexplicável feminista, apertando mais o cano da arma na cabeça da mulher.

"Amor é uma palavra forte mas eu gosto dela o suficiente pra "roubar" ela de um dono de boca cracudo aleatório..."


"É complexo..."

Quando eles dizem isso... Kent começa a sentir sua garganta ficando seca, suas mãos estão coçando um pouco, seus olhos ficam um pouco desfocados.... E e se sente com fome.

Tinha algo naquela maconha....

"Porra irmão, maneiro e tal, mas eu não lavaram o chão com a minha cara quando eu tentei macetar um moleque e ofereceram me pagar pra mediar novela mexicana, tá ligado"


"Podia ter contratado a gente pra matar o josias e os moleques ao invés de ser morto pela gente né, moscou."

Malady dá de ombros e olha para Shizuka e depois de volta para o "casal"


"Aí puta do josias que é sua própria pessoa, você aguenta um tiro na barriga só pra gente acertar esse cara que tá atrás de você junto?"

"Quatrocentos... Oitocentos... Hmm... Muh..."



...
Ele olha para os projetos de gangster em volta.
"Trezentos pra cada se vocês fuck off daqui."

"..."

"..."

"..."



Shizuka puxa a Deagle e tenta atira no pulso que segura a arma pressionada contra a cabeça da mulher

Kent dirige seu taco em direção à mão do homem