DISSONANCE

"What... The.... Fuck?!"
Ok Nadya não entre em pânico... Mas você está literalmente olhando pra uma cópia EXATA de você neste momento...
Porém Nadya vai reparando, o quão igual mas diferente esta cópia dela é, pequenos detalhes que fazem uma pessoa uma pessoa de verdade.
Isso é com certeza Nadya mas também é quase como se fosse uma parodia mal feita dela.


"..."
"Isso não tem graça, pode parar...."
Nadya tenta evitar o medo que ela está sentindo naquele momento, talvez isso seja uma 'epic prank'... numa cidade que tem menos de 100 pessoas... A garota começa a respirar mais pesado, sentir mais medo e o instinto de sobrevivência dela ativa, seu tamanho nunca a fez recuar de uma luta mas também ela não tem nada com o que se defender, felizmente nessa cidade cheia de arvores o que não faltava eram galhos secos no chão.
Este particularmente grosso deve servir.

Nadya pega o galho torto e o segura como uma lança, apontando ela para sua "gêmea".


"Eu não sei oque você é... Mas eu não gosto de você! Vai embora! Fuck off! I don't wanna see you!"
Nadya diz, enquanto quem se afastava era ela, andando em volta daquela coisa que replicava sua aparência.

Hayden Pierce levanta-se de sua cadeira com uma explosão de auto estima e energia. "Este não é o momento de ficar no meu quarto choramingando, me distraindo do mundo com jogos eletrônicos e me sentindo como uma pessoa extremamente patética como eu fiz durante toda a minha vida. Este é o momento para a ação e emoção!", pensou Hayden Pierce, imediatamente fechando todas as aplicações em seu computador, sem ter tempo para responder o seu pobre amigo que se sentiu ignorado e sozinho por todo esse tempo. Então, um Hayden Pierce repleto de motivação se encontra parado em seu quarto, sem saber como utilizar este sentimento tão poderoso. Hayden Pierce está perdido, sozinho, sem rumo na vida, completamente isolado de tudo e todos que já fizeram parte de sua vida, mas não mais ficará assim. Hayden Pierce quer mais. Hayden Pierce quer ter mais objetivos de vida. Hayden Pierce quer se sentir vivo outra vez!

Hayden Pierce gostaria de fazer parte de algo maior...

N͝ã̵̶ó̀ ̸̕é̷ mès͠m̸̢ó, H͏à̸yde̡̢n̴͢͝ ̷P̷i̴͡e̢rc̴e͜͜?̷̀


"É Claro! Como nunca pensei nisso antes! Como eu poderia deixar essa motivação passar?! Eu vou.... vou..."

Isso está errado.


"Isso... está errado".

Hayden não está sentindo nada disso.


"Não... eu não... estou .... o que???? De onde está vindo essa voz? Por que????"


"Sai da minha cabeça, Sai da minha cabeça, Sai da minha cabeça, Sai da minha cabeça, Sai da minha cabeça, Sai da minha cabeça, Sai da minha cabeça!!!"

Hayden se senta no chão murmurando para sí mesmo as letras de uma música muita importante para ele. Após se acalmar o garoto segura sua cabeça com suas mão e começa a hiperventilar


"*huff* *huff* *huff* *huff* *huff*"

Ela guarda o papel no bolso e dá uma continência pra ele.

Aria então saí do seven eleven, abrindo sua lata de monster sabor wasabi e tomando um gole.

- PUTA MERDA, ISSO AQUI É MUITO RUIM. - ela joga a lata ainda meio cheia no lixo mais próximo e continua andando.

Crissy se levanta da cadeira num pulo só e tenta procurar a origem da risada.

Nadya

Você tenta intimidar aquela coisa com um galho grosso que você acha na calçada. Porém, parece que ameaças não adiantam muito. Mesmo com você gritando e apontado o galho na direção dela, ela não muda sua expressão facial, continuando a sorrir pra você. Porém, você percebe que além de se parecer com você, ela também se move como você. Você se move em volta dela, ainda apontando o galho em sua direção, o que faz com que ela faça o mesmo, ainda sem mover as pernas, deslizando sobre o chão, movendo-se como se estivesse em um espelho. Ela não parece que vai agir agressivamente, porém ainda está te encarando.

Vocês agora ainda estão se encarando, porém agora ela não bloqueia mais o seu caminho e você está segurando um galho que provavelmente(?) vai te proteger se algo der errado.

Aria 


- Uh, hey Aria, you forgot to give me the mon-

As portas automáticas se fecham, cortando por completo a voz de Andrew. Você sai do 7-Eleven e segue em direção de sua casa.


Você rapidamente chega na rua principal que dá entrada ao distrito residencial de Stetson. Como era de se esperar, não há ninguém a vista, pois está muito tarde. As ruas um pouco estreitas não são das mais bem iluminadas, mas são o suficiente para você ver aonde você está indo, e as residências, todas enfileiradas uma do lado da outra, todas completamente diferentes uma da outra, lhe trazem um certo conforto. Não que haja motivos para ficar desconfortável, você já fez esse caminho mais vezes do que você consegue contar, e, além disso, você está em Stetson. Nada acontece em Stet-

Ei, espere um minuto. Talvez você não deva pensar nisso tão cedo. Você vê alguém, ALGO, virando a esquina  de uma das ruas. O seu movimento é lento e calculado, e a qualquer momento ele pode te atac-



Ah. É só um morador de rua. O morador de rua. Você já viu ele andando por aí, vagando sem rumo e dormindo no parque, mas não o conhece o suficiente para saber o seu nome. Mas você sabe que ele é o único morador de rua em Stetson. Do outro lado da rua, ele te percebe e olha para você, sorrindo e fazendo um pequeno aceno amigável para você, antes de continuar andando lentamente em direção da cidade.

Crissy

Gritando e olhando ao redor da sala, procurando por um culpado, você vê...

It looks kinda harmless?:

Sherisse

Gustav prontamente trás mas uma garrafa de vodka, servindo ambos você e Ivan, que olha pra você com olhos distantes e bêbados enquanto você fala com ele, mas que logo voltam a ficar apenas bêbados, como os normais de Ivan.


-...ты прав, Sheri. Eu não devia me preocupar tanto assim. E não é como se eu fosse perder contato com todos vocês também, eu só estou sendo um Идиот mesmo.

- Mas eu vou sentir falta das nossas vindas ao Gustav, jogando papo fora e

- OH!!!

Ivan dá um pulo de sua cadeira.


- SHERI, ТВОЯ СУМАСШЕДШАЯ СУКА, VOCÊ QUASE ME DEIXOU ESQUECER! TALVEZ ESSA SEJA A NOSSA ULTIMA VEZ BEBENDO JUNTOS POR UM BOM TEMPO.

- A gente PRECISA beber o Big Yorsh do Gustav. Não é lá tão sofisticado, mas, Блядь, é o melhor Yorsh que eu já bebi. Vamô lá, Sheri. Faz isso pelo seu ~querido amigo~ que está indo embora.

E Ivan voltou completamente ao normal.

Jacky

Vivi, sua melhor amiga, continua falando com você, com a superfície de seu corpo de guitarra quente, como se fosse um corpo humano.


- ViVi não iria sugerir violência, porém ViVi acha que conseguiria lidar com eles assim. ViVi é forte o suficiente. Por isso ViVi consegue proteger Jacky.

- Mas não, ViVi tem outros planos. ViVi sugere que Jacky saia daqui. Jacky e ViVi precisam fugir e ir pra um lugar mais seguro, aí Jacky e ViVi podem viver juntas para sempre.

- O que você me diz, Jacky?

Meiyou

Você aproxima o seu rosto do dela, porém ela continua sem reação, ainda olhando pro lado de fora pela janela.

Você agarra o pulso dela e começa a o apertar, mas sua mãe nenhuma reação demonstra...

...até que, com a mão que você está segurando, ela agarra seu pulso também. Não forte o suficiente para machucá-lá, mas definitivamente forte demais para uma pessoa que está doente como ela.

Enquanto você se recupera do susto, sua mãe inesperadamente começa a virar a cabeça dela em sua direção, seus olhos passam por você completamente, como se você nem estivesse ali e sua boca está semiaberta. Porém isso muda quando, de repente, por um breve momento, ela olha para seus olhos diretamente. Sua mão solta seu pulso e começa a descer, até ela estar pegando gentilmente em sua mão. Fang Qishan usa todo o restante de suas forças para produzir um fraco sorriso.


- ...

- Eu te amo.  

Hayden Pierce

"Mas é claro que eu gostaria de fazer parte de algo maior, Voz Dentro Da Minha Cabeça, como você sabia? Eu aceito por completo qualquer oferta e/ou proposta que você talvez tenha ou não para me dar! Eu não preciso pensar mais que duas vezes para isso! Sign me up!" Pensa Hayden Pierce, que mesmo tento um chilique e hiperventilado consegue formar pensamentos completamente coerentes em sua cabeça. Fascinante, Hayden Pierce, simplesmente fascinante. Tendo Hayden Pierce agora aceito o seu destino, A Voz Dentro De Sua Cabeça pararia de falar, tendo cumprido sua fabulosa missão. "Você vai voltar algum dia, Voz Dentro Da Minha Cabeça? Eu gosto tanto de você, por que você não fica?" Pensa Hayden Pierce novamente, agora muito mais triste que sua querida amiga Voz Dentro De Sua Cabeça estava indo embora. Ohhhh, meu querido Hayden Pierce, você não precisa ficar triste, com medo, desesperado, aflito, repleto e coberto pela total escuridão e solidão da vida que você criou para si mesmo. Você não percebeu ainda?

Eu sempre estarei aqui.

E com isso, a voz vai embora. Você consegue sentir a presença dela ficar cada vez mais e mais longe, fazendo você se sentir cada vez mais a salvo.

Porém, algo estranho acontece. Assim que a voz se vai, você percebe uma outra voz, muito menos aparente do que a outra, mas ainda sim, havia uma voz. Essa voz parece descrever tudo que você faz e percebe, assim como tudo que acontece ao seu redor, o que é particularmente estranho. Agora, a voz parece estar se descrevendo sendo considerada por você, o que é ainda mais estranho. Você percebe que essa voz está se descrevendo sendo percebida por você, o que por consequência faz com que ela descreva tudo isso.

Realmente, isso é muito estranho.

Nadya continua apontando o galho para a coisa que se parece com ela? Ou seria ela mesma? As mãos de Nadya estavam tremendo e ela segurava o galho com tanta força que a a casca seca começava a se afundar mais em sua pele.
Estava frio e Nadya estava suando, o interior da Califórnia era frio mas Nadya ainda sim estava suando.

A garota continua apontando o galho para seu reflexo, as vezes ameaçando dar uma estocada porém ela continuava se afastando cada vez mais.

Mais...


Mais...


Até que ela ficava longe o suficiente e Nadya que não aguentava mais aquela situação soltava o galho e saia correndo, com o máximo de esforço que ela conseguia, Nadya não era o pico da boa forma mas a adrenalina fazia a garota correr como nunca, sua respiração ficava pesada, seu corpo doía e sua roupa com saia apertada não deixava ela correr do melhor jeito, no meio do caminho ela perde um de seus sapatos e tropeça umas duas vezes, mas ela não para ou olha para trás.

Nadya não sabe como mas de alguma maneira ela volta a sua residencia, pálida, com dor intensa em sua lateral.

Nadya abre sua porta de casa e.... Cai no chão, inconsciente.


Um tempo depois ela acorda em sua cama, com um homem imenso de dois metros e feito basicamente de puro músculo sobre ela.
Nadya sorri, afinal aquele era seu pai.

THREE TIME CALIFORNIA WEIGHTLIFTING CHAMPION:
(Also: Caminhoneiro, Pai da Nadya e Mecânico.)

Ronell Soerens
(Apelidado carinhosamente de "Ron")

O homem olha preocupado para sua filha, pondo a sua imensa mão na testa da garota e afagando seu cabelo.


"Nadya... O que aconteceu?"
"Você chegou e abriu a porta que nem louca e ai caiu no chão."

Nadya pensava, ela revivia o absoluto terror e confusão que ela havia sentido e sua mente humana simplesmente tentava de todas as maneiras racionalizar oque havia acontecido.
Ela não conseguia, ela tinha certeza que havia visto uma cópia mal feita de si mesma e a dor em suas mãos de segurar aquele galho com tanta força ainda permanecia em sua pele.

Nadya balança um pouco a cabeça e olha nos olhos de seu pai.

"Pai eu... Eu não sei."
"Eu literalmente não sei."

"Não sabe tipo... Você não lembra?"

"Não é que eu não lembro é que eu literalmente não tenho ideia do que ocorreu tipo... Ugh, você não vai acreditar em mim mas... Eu vi uma pessoa... Eu acho que era uma pessoa... Uma pessoa igual a mim, tipo tudo parecia minha gêmea só que não?"
"I... Don't understand... Eu tô tão confusa."

O Homem enorme pensava um pouco, coçava a cabeça e andava pelo quarto um pouco.
"Igual? Igual a você Nadya?"

"It's like... I was looking at... A parody of me..."

Aria acena de volta.

Ele põe as mãos no bolso e continua andando, pra nenhum lugar em particular, não querendo voltar pra casa ainda.

Estranho.... é claro que isso tudo era estranho, Hayden tinha duas vozes o assombrando agora, uma que ela podia ouvir em momentos certos, como se alguém estivesse preso em suas costas narrando sua vida, enquanto agora outra aparecia para lhe infernizar e tentar comandar o garoto em ações que não seriam características de sua atitude.

Após este evento, Hayden se encontrava deitado no chão de seu quarto, olhando para o teto onde os restos de uma aranha que morreu de fome se encontravam dentro da lâmpada de seu quarto. O ar condicionado ligando fazia um barulho um tanto quando terapêutico para ele, não deixando que o total silêncio fizesse ele se sentir vazio por dentro.

Hayden ainda lacrimejava após o evento, fungando e limpando suas lágrimas com seu braço, de certa forma ele odiava ser emocional deste jeito, mas pelo menos isso fazia ele se sentir... são.

O garoto, ainda deitado no chão se vira para o lado, sentindo certas partes "desgostantes" de seu corpo se moverem junto e começa a falar para si mesmo.


"First it's all gone, then I go insane..."

Hayden se encolhia em posição fetal, seu choro e gritos anteriores não podiam ser ouvidos por sua família... mas não é com se ele quisesse ser ouvido, não por seus pais ou  seu irmão, que Hayden nem tinha certeza se estava em casa ou não, mas seria mais um dia normal se não estivesse.


"I don't wanna be insane. I just want... to be ok..."

Esticando seu braço, Hayden pega seu celular e earbuds, ficando no chão ouvindo as músicas que ele tanto resguardava, cantando baixinho, sem confiança ou força para se mover daquele ponto, seus dedos se movendo com o ritmo.

Vai haver tempo para criar outra conta, e novos pontos.

In time you will be fine.

Nadya:

Seu pai tenta reconfortá-la, mesmo não sabendo ao certo do que que você está falando. Por mais que ele tente, ele eventualmente falha. Não foi uma experiência da qual você se esquece em apenas uma noite. Eventualmente, depois de muito tempo de paranoia em seu quarto, você pega no sono, apesar de não ter sonhos muito bons.

Os próximos dois anos também não foram gentis com você. Raramente acontecia, porém, em certos momentos, você conseguia vê-la novamente. Começou enquanto você ficava sozinha, aonde ela apareceria em becos e esquinas, olhando fixamente em sua direção. Eventualmente ela começou a aparecer em público, durante o dia, em ruas movimentadas. Porém, nenhuma outra pessoa parecia prestar atenção ou vê-la também, o que aumenta ainda mais a sua paranoia. Você jura que em uma ocasião ela acenou para você de longe.

Você tenta não pensar muito nisso. Ignorar seus problemas não os faz desaparecer, mas certamente ajuda você a ficar mais tranquila. Você atualmente está sozinha em casa, tentando relaxar no sofá em uma posição que definitivamente é horrível para sua coluna, quando de repente você houve a campainha de sua casa tocar.  

Aria:

Você decide não voltar pra casa. Ao invés disso, você decide andar mais um pouco por aí, observando as casas dos demais habitantes de Stetson. Você percebe que, apesar da fama de Stetson de, por ser muito pequena, todos os habitantes se conhecem, ao olhar para as casas enfileiradas do distríto residencial, há tantas casas das quais você não faz a mínima ideia de quem as pertencem. Por mais que você ande por todo canto de Stetson, por mais que você veja sempre os mesmos rostos, as mesmas pessoas seguindo as mesmas rotinas, poucos vão ser os que você realmente vai conhecer. Você não sabe de onde veio tudo isso. Foi um pensamento súbito e opressivo.

Mas não tão opressivo quanto...

it hurts to hear:

Crissy:


A coisa, ao ouvir você falar com ela, foca ainda mais o seu olhar para você. Ao fazer isso, você percebe as baquetas que estavam no chão começarem a flutuar para perto dela, circulando o seu corpo esférico.

Por alguns segundos parece que ela vai escutar o seu pedido...

oh, nevermind:

Sherisse:


- ЧЕРТ ВОЗЬМИ, SHERI! É ISSO AÍ, БЛЯДЬ!

Gustav olha para você e para Ivan. Dando um único aceno forte com sua cabeça, ele volta para dentro do bar e, depois de exatos Um Minuto e Quarenta e Cinco Segundos, volta carregando duas canecas IMENSAS (TIPO, DA ALTURA DE SUA CABEÇA E SURPREENDENTEMENTE GROSSAS) cheias até o topo com um líquido com o cheiro e a cor de cerveja, mas que vocês sabem que vai ter mais gosto de vodka do que vodka pura. Gustav parece estar especialmente orgulhoso enquanto bota as canecas na mesa. Ivan pega uma com certa dificuldade, mas logo consegue estabilidade.

- O Gustav capricha nisso aqui. Quinze partes Schorschbräu e três partes Balkan.

Ivan levanta a caneca em sua direção, fazendo com que um pouco da cerveja-vodkada respingue em sua direção.


- За здоровье, Sherisse! Que num futuro próximo, nós possamos beber juntos novamente!

E essa é a única lembrança nítida que você tem daquela noite. Todas as outras são como flashes de memória.

Porém um flash que ficou por muito tempo em sua cabeça envolve você voltando para casa. A escuridão da noite não assusta uma Sherisse bêbada e cambaleante, que mal se lembra se pagou Gustav ou não. Quanto mais você chega perto de sua casa, mais você ouve uma música que parece vir de caixas de som completamente bass-boosted, provavelmente vindo de alguma balada próxima.

O que é incomum, pois não há nenhum clube por perto que você conheça.

E quanto mais próxima você fica, mais você percebe o quanto essa música é operática.

Jacky:


- Jacky, ViVi promete que vai ser divertido e que vai ter música e que ViVi nunca vai te deixar. Você pode continuar ouvindo a ViVi.

- Agora, se quisermos fugir, Jacky precisa escutar o que ViVi falar. Se Jacky quer música, precisamos de outro amplificador, mas não sabemos o quão seguro é voltar pra casa para pegar o de Jacky. Você precisa ir para aquela loja que vende equipamentos musicais. O atendente é amigo de ViVi! Se você falar com ele, ele vai te dar um novo! De graça!!! Aí ViVi e Jacky vão poder fazer música juntas de novo. Vá agora, Jacky, quanto mais rápido a gente sair daqui, melhor. ViVi não vai conseguir falar com Jacky até lá, mas não se preocupe, ViVi está aqui.

- Nós vamos conseguir, Jacky.

Quando Vivi para de falar, o chiado do rádio quebrado começa a desaparecer, deixando o ferro-velho em completo silêncio.

Meiyou:

Entre seus gritos de raiva e o som alto, agudo e contínuo do monitor de batimentos cardíacos, você ouve as portas do quarto se abrindo. Nele, entra a enfermeira, falando em um tom de voz totalmente nervoso.


- Senhorita Qishan, o que está acontecen-

Ela para em seus passos ao ver a cena, imediatamente olhando para você com uma expressão que estava exatamente no centro de choque e pena.


- Eu... Eu vou chamar o Doutor Yīshēng

Ela sai rapidamente do quarto para buscar ajuda, novamente deixando você sozinha com o corpo e as últimas palavras de sua mãe.

Mas isso foi a dois anos atrás.



Você atualmente está em sua sala, em seu apartamento modesto, onde você passa a maior parte de seu tempo, dia após dia, assistindo animes e séries e jogando vídeo-games, fazendo o máximo para escapar de sua antiga vida. O que, aparentemente, não parece estar sendo o suficiente, já que todas essas memórias voltaram a sua cabeça ao olhar para um dos seus armários, aonde você vê alguns pertences de sua antiga mãe que aparentemente estavam guardados aí, provavelmente de quando ela foi internada no hospital.

O que você vai fazer?

Hayden:

A música te ajuda a relaxar, cobrindo de leve o som da voz. Eventualmente, você dorme ali no chão mesmo. O piso gelado te conforta. Ele te faz esquecer, pelo menos um pouco.

Você acorda na manhã seguinte com o som da voz falando que você acordou. Uma sensação da qual você espera que se acostume logo. Você se levanta com dores no corpo e, como de costume, checa o seu computador. Nele, há mensagens da conversa de ontem com Kevlar.

(7) Kevlar:

Um sentimento de sal sendo passado em uma ferida que claramente ainda muito aberta passa por você. Esses dias não foram nada saudáveis para sua mente. Por mais que você não goste disso, você começa a pensar que a outra voz talvez estivesse certa. Uma mudança de hábito pode te acalmar um pouco.

Você pode sair para caminhar. Isso é um bom começo. A não ser que você tenha outra coisa em mente.

Em uma posição terrível Nadya googla algo em seu laptop.



*ding dong*

"Hm???"
Mom and Dad left e eu não pedi nada pra comida e que eu saiba eles também não pediram nada....
Weird mas talvez seja só algum Jehovah's Witness.... Who the heck is Jehovah anyways?

Nadya coloca o laptop de lado e vai até a porta, abrindo ela sem muitos escrúpulos... Pelo menos nos últimos dois anos aquela coisa não havia aparecido nem perto de sua casa.
O que quer que esteja do outro lado da porta é cumprimentado por isso.

Spoiler:

Hayden acorda deitado no chão com dores por todo seu corpo, mas especialmente numa região deveras... presa, por motivos estéticos. Hayden desfaz a pressão em seu peito enquanto se levanta soltando um suspiro de alívio, seguido de uma sessão se alguns segundo olhando para o teto pensando que é isso, ele finalmente esgotou sua sanidade e agora tem uma voz em sua cabeça que está fora de seu controle.


"*sigh*..."

Hayden então se dirige a seu computador, após ser desligado bruscamente na noite passada, o sistema operacional dá seu melhor para reabrir tudo que foi fechado incluindo a conversa com o velho amigo de Hayden que parece não ter muita consideração com seus sentimentos.


"HEY!.."


"Não, não tá errado..."

Hayden suspira novamente e tenta deixar uma mensagem para seu amigo em alguma outra rede social.

H8Raid (3) escreveu:

- Sorry about yesterday, crazy shit is happening lately, truest crazy shit. I think this environment is ruining my brain to the point I'm not sure of what's happening around me. Might be a side effect of cutting caffeine cold. I still don't remember deleting anything and I'm sorry I couldn't reply. But you could've at least gotten worried instead of getting mad you pissy cunt.

- I don't even know if you'll read this so I'm gonna call you a little bitch again... you little bitch.

- Unblock me when you feel like listening to my side of this mess

"Kev, você pode não ser uma putinha but you're sure acting like one."

Apesar da noite passada ter sido estressante devido a perda de seus scores, Hayden ainda não acha que é o fim, a tristeza e a perda de sua sanidade duraram uma noite, mas os ganhos adicionais em seu PayPal lhe alegram um pouco.


"God bless Japan's lack of pursuing copyright claims outside their own country."

O dinheiro vindo do youtube não era muito, mas as habilidades de Hayden eram certamente impressionantes o bastante para que ele pudesse ganhar uma quantia considerável de dinheiro com pequenos patrocínios. Apenas o bastante para que ele pudesse sair de casa as vezes, e hoje era um dia ótimo para isso.

Todos estavam fora de casa, deixando apenas Hayden livre para explorar seu hobby e forma de fazer dinheiro com vídeos de jogos de Ritmo. E o dia estava lindo para visitar o Round1 de Stetson.

Deixando que seu corpo pudesse respirar, Hayden toma um banho rápido para se livrar das dores de dormir no chão frio de sua casa, após isso, ele se troca, vestindo uma camisa mais solta e calças Jeans que ele considera que são fáceis de se mover enquanto usa.


"Você tem que narrar até o que eu estou vestindo? Bem, tanto faz."

Colocando sua camera, tripé e carregador de celular em sua mochila, Hayden sai de casa em direção ao ponto de ônibus. O veículo não estaria lá por aproximadamente 5 minutos, o que dava tempo para o garoto sentir a brisa em seu rosto.

Apesar de tudo, acho que a máquina de Voltex atualizou anteontem, deve dar um conteúdo bom pro canal.
"Apesar de tudo, acho que a máquina de Voltex atualizou anteontem, deve dar um conteúdo bom pro canal."
Ele pensa, e logo em seguida se assusta que seu pensamente ocorreu em unison ao que foi dito que aconteceria.


"Bem... é tudo dentro da minha mente então é claro que é um unison."

Hayden aguarda a chegada do ônibus, olhando seu feed do twitter enquanto seu celular carrega em seu carregador portátil.

Crissy tenta seu melhor para desviar das baquetas e ao mesmo tempo localizar um objeto bom o bastante para combater o FANTASMA MISTERIOSO.

Nadya:

Você abre a porta e vê, parado a uma certa distancia da porta e olhando para você, um homem com um capuz roxo cobrindo completamente seu rosto e carregando nas costas uma case grande com o formato de um saxofone. Ele é um pouco mais baixo que você e está com as duas mãos dentro dos bolsos do capuz.


- ...

Em completo silêncio, ele retira a mão direita de seu bolso e a estica na sua direção, segurando um cartão cinzento. Ele permanece nessa posção, esperando você pegar o cartão.

Aria:

Você corre o mais rápido que pode para longe da Dissonância, cada respiração exasperada, cada passo que você dá estourando em sua cabeça. Cada som minúsculo e inconsequente amplificado ao máximo nos seus ouvidos, de sua roupa raspando em sua pele até o piscar de seus olhos. Pela primeira vez você consegue ouvir seu sangue sendo pulsado pelo seu corpo e está sendo a pior experiência de sua vida.

Você continua correndo sem parar, sem rumo, você só precisa fazer isso parar. Você corre até suas pernas começarem a ceder e ficarem fracas. Quando os sons começam a parar e você finalmente começa a tomar conta de seus sentidos, você percebe que instantaneamente correu direto pra casa. Você olha para trás e não vê a Dissonância em lugar nenhum, mas não para de correr até entrar em casa, onde você fecha a porte com força e, após isso, suas pernas finalmente colapsam e você cai de joelhos no chão. O som da porta batendo atrai a sua mãe, que sai de outra parte casa.


- Aria, você voltou? Eu falei pra você não voltar tão tard- Oh my God, Aria, o que aconteceu? Are you alright?


Crissy:

Em uma tentativa de desviar das baquetas, você se joga no para o lado, caindo no chão enquanto as baquetas passam por cima de seu corpo e te erram por completo, atingindo a parede e ficando presas nela.



Você percebe que caiu no chão perto do lixo que o FANTASMA MISTERIOSO tinha derrubado novamente, e dentro da lata de lixo há uma garrafa de uma bebida alcóolica barata, quebrada pela metade. Ela é bem afiada e com certeza pode te ajudar em uma briga.

Sherisse:




Você decide se aproximar da música, abrindo caminho pela folhagem difícil. Você não podia perder a chance de ir para uma rave russa no meio da floresta, principalmente uma tão perto de sua casa. Você segue a direção dos sons, percebendo que mesmo ficando mais próximos, ainda é difícil entender exatamente o que são. Você claramente ouve alguém cantando, porém não consegue identificar nenhuma palavra que está sendo dita.



Você continua andando por alguns minutos até uma área mais limpa, aonde a música está mais intensa. Antes de procurar o origem, você distraidamente olha para cima. O céu está limpíssimo, e você consegue ver muitas estrelas devido a falta de iluminação artificial no local. Você também percebe uns certos tons de vermelho no céu, o que o deixa ainda mais bonito.



Você continua olhando para o céu, maravilhada pela sua beleza, a música ao fundo apenas enriquecendo essa experiência única. Nunca em sua vida você conseguiu ver o céu tão limpo e cheio assim. Tão repleto de estrelas. Tão estranhamente vermelho. Tão brilhante que parece até que vai cegá-la...

E é exatamente o que ela faz.



Uma explosão de luz vermelha machuca seus olhos, te cegando momentaneamente e fazendo você tapar seus olhos com suas mãos. A dor e a cegueira rapidamente vão embora, mas são substituídas por uma explosão de sons. Uma cacofonia de ruído absurdamente intensa, da qual você consegue ouvir apenas alguns segundos antes de ser substituída por um apito agudo em seus ouvidos, como se uma granada houvesse explodido muito perto de você. Ter tantos de seus sentidos abusados desse jeito não é nada bom para sua mente e seu corpo, visto que você, sem forças para continuar, desmaia ali mesmo onde você está.

Você lembra de poucas coisas tangentes desse encontro, como por exemplo as figuras que te cercaram pouco tempo depois de seus desmaio e poucas das palavras que você ouviu saindo de suas bocas:

"Fracasso", "Casa" e "Voltar".

Mas do que você se lembra por completo...

Close encounters of some kind:

No outro dia, você acordou com uma ressaca imensa, porém, em seu quarto, deitada em sua cama. Levantar a cabeça dói muito, porém você não sabe ao certo se é um efeito da ressaca ou da quantidade mediana de sangue que estava saindo de seu ouvido esquerdo, manchando seu travesseiro.

Jacky:

Com Vivi em suas mãos, você corre de volta para o centro de Round Top e procura por Nelson's Electric and Musical Equipment, o único lugar de Round Top com equipamentos musicais. Você entra na Loja, onde um sininho acima da porta soa e acorda um homem mais velho que estava dormindo sobre o balcão.


- Uuhh- Huh- Wha...

Ele esfrega um pouco seus olhos e, recuperando a energia, olha para você.

- Ey, cê não é a menina dos McAlistar? What'cha doin' here all by your lonesome, missy?

Meiyou:

Yup. MuseDash2 é tão bom quanto o primeiro, se não melhor. Porém você percebe alguns problemas de delay em alguns imputs, mas o jogo está em early-access, isso provavelmente vai ser concertado.

Depois de algumas horas de jogatina, você percebe que os salgadinhos e refrigerantes do seu lado acabaram. Você levanta e caminha até a cozinha para pegar mais, porém sem antes, devido a sua mente divagando, bater o dedão na base do armário que você passou tanto tempo encarando, machucando muito o seu pé e fazendo com que algumas coisas caiam dele, incluindo as coisas de sua mãe.

É então que você percebe algo que você nunca percebeu, talvez por falta de atenção ou por simplesmente não querer mexer nas coisas de sua mãe. No chão há um molho de chaves que você nunca viu antes. Nele há duas chaves, uma maior do que a outra, e em um chaveiro quadrado e transparente, segurando um pequeno pedaço de papel, você vê uma palavra escrita.

"Stetson".

Hayden:



Enquanto você espera um ônibus para te levar ao centro de Stetson, você vê uma figura se aproximando. É um homem alto, vestindo um capuz roxo que cobre completamente o seu rosto, carregando um amplificador médio em uma das mãos, uma maleta em outra e carregando nas costas uma case grande com o formato de um saxofone. Ele chega no ponto de ônibus, bota as coisas que ele estava segurando no chão e se apoia na parede transparente do ponto, dando um longo suspiro. Você não consegue ver seu rosto, todo coberto pela sombra do capuz.

Ele olha para você, sem pensar, e então volta a olhar para o nada. Porém, só por um segundo. Ele rapidamente olha para você de novo, surpreso. Ele te olha da cabeça aos pés e solta um audível "Huh".


- Huh...

Ele continua olhando para você enquanto tira do bolso um cartão cinza. Ele estica seu braço, lhe entregando esse cartão.

Nadya encara o homem, pega o cartão em sua mão e assim que ela olha para ele a garota percebe como ela estava vestida.

"...."
"Sorry about that..."


"Actually, no... Você está tendo o privilégio de me ver neste estado parecendo que eu fui atropelada por um dump truck..."


"Lucky You!"
Nadya fica encarando o homem, o cartão e depois o homem.
"So what's this about?"