[H U N T] Super Mario Hunt

A roda, ela gira. Ela gira, incansavel, incessantemente, por horas e horas. É como se ela estivesse hesitando, ela quer ir contra seu propósito e parar esse ciclo de violência antes mesmo de ele começar. Porém, sua função é parar, e é isso que ela faz.



[Mario has found his prey]



Fábio está andando pelas ruas do Rio de Janeiro, cheio de receio. Ele não tem medo de ser assaltado, não, ele já anda muito por aqui e sabe como se comportar para que isso não aconteça. Além disso, passando pela Presidente Vargas, ele vê que está repleta de pessoas. Porém, algo alem disso lhe preocupa. Fábio está receioso aparentemente sem motivo. Foi completamente do nada, mas ele sente o suor frio em sua nuca, e continua a andar, de vez em quando olhando para trás para saber se não estava sendo seguido. Mas não há motivos para pensar isso...

Além disso, é completamente fútil, pois seu caçador está logo a sua frente.


Fábio o vê, olhando diretamente em sua direção a 500 metros de distância, se misturando a multidão que não parece percebê-lo.

Cara... É o Mario...

Os dois se encaram por um tempo que parece durar uma eternidade, nenhum dos dois ousando fazer o primeiro movimento.

Até que o encanador pula da multidão e começa a correr na direção de Fábio. A caça começou.

>RUN_

Rapidamente corro em direção ao Centro de Comércio Livre Camelódromo SAARA, freneticamente trocando o rumo pelas dezenas de curvas do centro. Em uma das regiões abertas do lugar, há uma saída de ventilação do metrô, que logo é adentrada. Navegando entre os túneis me encontro finalmente na Estação Secreta da Carioca, uma construção espelhada da estação original, abandonada pelos governantes e conhecida por pouquíssimos. Deve me dar um momento de descanso.

Pego meu celular e mando uma mensagem para Fabio (Grande) Honda

Penso dentro da estação escondida enquanto decido meu caminho

Fábio tenta pensar por onde ir mas já é tarde demais, pois ele já consegue ouvir os passos de um pequeno italiano ecoando pela estação abandonada. Ele poderia ter tido mais tempo se não tivesse parado para mandar uma MENSAGEM PRO FABÃO E NÃO PRA LITERAL NAMORADA DELE mas tudo bem, erros acontecem.

Porém esse erro pode lhe custar a vida.

Mario aparece, escorregando de leve na vista de Fábio ao fazer uma curva muito acentuada pelos tuneis da estação. Mario e Fábio estão um de cara com o outro.



Mario está repleto de fúria em seus olhos. Não há escapatória. Eles terão que batalhar.



E com isso, a segunda roda gira. Essa roda não hesita. Essa é uma roda que quer ver sangue e violência, então ela para em instantes, monstrando o resultado de imediato.

[MARIO CONTROL ORDER]

1 - Caec
2 - Bruna
3 - Fabão
4 - Junim
5 - Ghostie
6 - Daniel

Vocês controlaram o Mario nessa ordem. Se a presa for derrotada em sua vez, você terá uma vantagem quando for caçado pelo Mario.

A Caçada sabe que isso significa que a primeira presa está em uma desvantagem. A Caçada não se importa.

CAEC: YOU ARE NOW MARIO

>Let's A Go_

Mario encara o carioca por alguns instantes, seus olhos brilhando em vermelho- sua completa falta de expressão facial não atrapalha sua habilidade de expressar o intenso ódio que ele está sentindo, a única indicação que ele sequer está respirando são suas narinas dilatando e contraindo numa forma rítmica e calma, ele encara o músico, é como se o Mario pudesse olhar diretamente no seu cérebro- e eles ficam nesse encarão mexicano pelo que parece ser horas, mas provavelmente não passou de alguns segundos- logo antes dele ser quebrado, quando o Mario avança no Fábio a velocidades inumanas, seus olhos brilhantes facilmente fariam com que algum observador confundisse ele com o próprio metrô- ele então dá um salto, vários metros mais alto do que alguém de sua altura e rotundidade deveria ser capaz de pular, a sola de couro do seu sapato recém-polido indo em direção a cabeça de sua presa a toda velocidade.

Você tem sorte que eu não sou de Madureira

Um carioca está sempre alerta, vigilante, para evitar assaltantes e trombadinhas. Observando a trajetória da queda, dou uma arrancada para frente, de forma a fazer Mario esmagar o chão logo atrás de mim.
Meu corpo já conhece a sensação. Correr de dois caras numa moto às quatro da manhã no meio da rua. A mesma adrenalina. Os mesmos movimentos. Disparo em direção à porta da estação Carioca Verdadeira, que tangencia a Espelhada. A porta abre, continuo correndo entre as pessoas

Pego o meu Xiaomi Mi 9, abro o Telegram no grupo "Cara, Poder" e mando a seguinte mensagem:

@kidakash @caecpr @junim @madotsukki @UnitD4n

Minhas pernas conhecem os movimentos. Correr de dois caras numa moto às 4 da manhã na Lapa depois de 7 tequilas em 10 minutos. Mesma adrenalina. Corro em direção às escadas que levam ao nível da rua e à saída da estação. Acho que vou precisar de um ônibus já que esse arrombado entende bem o subterrâneo

"mano."

Olho o telegram.

Respondo:

Desligo o celular para que esse homem maldito não me mande mais mensagem tô aqui ocupada jogando Armello não quero ser interrompida com piadas sem graça.

Caio no chão por acidente ao tentar me levantar pra pegar uma coquinha gelada, batendo minha cabeça e desmaiando. Durmo ali mesmo.

Fábio, preparado para esquiva, corre em velocidades absurdas para longe assim que o encanador rechonchudo pula para o alto. Adrenalida enche por completo todos os seus músculos. Fábio corre como ele nunca tinha corrido antes. 

Ou ele teria corrido, se ele não tivesse tropeçado no nada e caido de barriga no chão, talvez por obra do destino ou talvez pelo próprio nervosismo de Fábio. Afinal, ele nunca teve que correr de um italiano antes. 

Mario continua sua parábola, indo em direção de onde Fábio estava antes e onde atualmente estão as pernas de um Fábio caído. Ele percebe isso, e consegue rápidamente rolar para o lado, evitando que suas pernas sejam esmagadas pelo encanador.



Mario cai no chão, quebrando parte do chão ao atingi-lo. O impacto forte, forte demais para uma pessoa normal, mas claramente normal para Mario, ecoa pelos tuneis vazios da estação. O impacto é tanto que manda Fábio, que estava próximo demais, voando na direção de uma parede. Doi pra caralho, mas Fabio ainda está consiente, porém caído no chão.

BRUNA: YOU ARE NOW MARIO

>Let's a Go_ 

Você acredita em Karma?

Agora eu acredito, maldita seja eu 10 minutos atrás, feliz e pimpona, achando que se eu aceitasse o doce abraço da síncope iria poder escapar dos meus problemas. Mas eu estava redondamente errada... Mandei meu Marido Carioca se fuder, meu terrível erro, achando que o perigo do Mario era mentira.

Mas era real, e agora eu sabia.

Eu olho minhas mãos comicamente grandes e rechonchudas... elas tremem, sedentas por raiva. Eu quero parar, mas não posso. Eu quero ir pra casa. Eu quero pular em lindos bichinhos e resgatar princesas gostosas beiçudas. Eu tremo ainda mais, choro, pois não posso parar. Talvez, se eu pudesse apenas falar...

A fúria me toma completamente. Pulo de novo em cima da minha presa, agora indefesa. Dessa vez não vou errar.

Meu corpo dói ao ser jogado contra uma parede. Minha tática falhou.

Há sempre um plano B, uma janela para cada porta fechada.

Recorro à sabedoria de meu povo para me levantar rápido e me esquivar.

Faço uma Sarrada Invertida e jogo meu corpo para o ar, transicionando para a internacionalmente conhecida...

Ela faz meu corpo girar a velocidades altíssimas, e uso a velocidade para desferir um chute com meu calcanhar na lateral da cabeça de Mario

As duas criaturas se propulsionam para cima. Dois projéteis perigosos, ambos indo um na direção do outro. Mario, com suas pernas carnudas e fortes prontas para atingir sua presa e Fábio, girando rápidamente no ar, pronto para dar um tremendo de um chutasso no encanador miserável. Ambos confiantes que iriam aniquilar seu inimigo.

Porém nenhum dos dois estava preparado para o que estava prestes a acontecer...

Os dois colidem no ar, Fabio conseguindo desferir um chute giratorio na sola do pé de Mario. Porém, encostar nessa parte tão potente do corpo de Mario manda o corpo de Fabio de volta ao chão à uma velocidade impossível. Seria impossível a sola de um homem normal possuir tanta força. Mas é o Mario. Mario não é um homem normal. 

O corpo do rapaz se choca contra o chão, causando-lhe extrema dor. Fabio definitivamente havia quebrado pelo menos uma costela. Está ficando mais difícil de respirar. Fábio, do chão, consegue ver o seu inimigo, que ainda não havia pousado. Ele vê o corpo de Mario, ainda no ar, e em seu rosto, ele vê uma expressão dolorida. Mario cai de bunda contra o chão do metrô esquecido pelo tempo, un único som saindo de sua boca:





Fábio continua olhando para Mario. Seu corpo elongado, porém ainda baixo, começa a diminuir de tamanho. Suas pernas encolhem, sua barriga fica levemente maior e seu rosto achata. Mario agora está na altura dos joelhos de Fábio. Fabio sabe como Marios funcionam, e por isso ele sabe que ele está mais fraco por isso. Isso seria uma vantajem para ele, se Fábio não estivesse danificado. Porém, ver Mario enfraquecendo lhe dá uma onda repentina de confiança. Poderiam ele e Mario estar no mesmo nível de força?


FABÃO: YOU ARE NOW MARIO

>Let's A Go_

É chegada a hora. O momento decisivo.

Se eu morrer aqui, não será por recuar ou por falta de tentativa.

O sangue de meu povo flui em mim e nele, uma parte de seu poder combinado

Eu devo mostrar ao Mário o que um morador do estado mais malandro do país mais foda do Novo Mundo é capaz de fazer.

Itália é o caralho, aqui é SACRO IMPÉRIO CARIOCA-FLUMINENSE PORRA!

Eu abaixo, preparando uma pose de capoeira. O Martelo de Negativa, um dos chutes com mais força de impacto na nossa linda arte marcial.

Mário vem com seu pulo e...

Num gesto rápido, eu abro a porta pra área de embarque normal da estação da Carioca e SAIO CORRENDO PRA LONGE DESSE ENCANADOR DO DEMÔNIO

Tumulto no rush do metrô, faço o melhor pra me misturar dentre as pessoas enquanto eu disparo para as escadas da saída

Mario flutua pelo ar, tal uma águia prestes a pegar um filhote de coelho do chão. Porém, em um gesto inesperado, Fábio, ao invés de contra atacar, decide fugir adentro dos confins do metrô. O rapaz sabido, em um atalho, muda da Estação Abandonada para a Estação da Carioca. Gritando e avisando a multidão do metrô, prestes a se safar das garras do infame encanador, Fábio sente algo em seu peito. Ele sente uma emoção dissonante durante essa situação. Fábio sente...

Amor?

Que amor repentino era esse? Seria amor a vida, ganhada após uma experiencia de quase morte? Seria amor a sua amada, a qual ele viria novamente a ver depois desse encontro terrível? Fábio não sabe ao certo, mas ele fará com que esse amor seja o sentimento que o leva para frente. Sua motivação para sobreviver.

Infelizmente, seria um sentimento que não duraria muito. Principalmente não depois de ouvir os sons das pessoas atrás dele:

"Ow, sai da frente porra, não empur- Mas o quê?!"

"DESCASCADOR DE ALHO! TODA DONA DE CASA PRECISA! É SÓ VOCÊ- Eita porra."

"~ Ela é daquelas que tu gosta na primeira
Se apaixona na segunda
E perde a linha na terce- Ei, aquele..."

"Aquele não é o Mario?"

Medo. Medo volta ao corpo de Fábio. Não somente pelos comentarios das multidões do metrô, mas também pelos efeitos sonoros de pulo bitcrushed que estão ficando cada vez mais altos. Ele não quer olhar para trás. Ele não pode olhar para trás. Ele precisa correr o mais rapido possível. Ele precisa sobreviver. Ele não pode passar por tudo isso, chegar tão perto de fugir e não conseguir.

"EU NÃO POSSO DEIXAR ESSE AMOR SE ESVAIR!"



Esse foi o ultimo pensamento de Fábio antes de ser completamente esmagado pelos pés carnudos do italiano. Gritos estridentes ecoam pelos túneis da Estação da Carioca enquanto pessoas correm do rapaz ensanguentado no chão e do seu pequeno assassino, que olha para o fruto de suas ações com um olhar decepcionado.



Por mais que Mario tenha feito tudo o que ele precisava fazer, ele ainda se encontrava preso nesse mundo. Fechando seus punhos e correndo da cena do crime, ele sabe que não é o fim.

>Fábio has been_
>SUPER MARIO HUNTED_

Finishing Blow -  Fabão
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